A Europa conquistou em 2014, no Brasil, um inédito terceiro título consecutivo no Mundial de futebol, com a vitória da Alemanha, e, pela primeira vez na história, tem mais dois cetros do que América do Sul (11-9).
Depois do ‘tetra’ da Itália, em 2006, na Alemanha, e da estreia a vencer da Espanha, em 2010, na África do Sul, o Brasil, cuja seleção foi humilhado nas meias-finais pela Alemanha (1-7), assistiu ao ‘tetra’ da Alemanha.
A formação de Joachim Löw ‘escreveu’ o 11.º título do continente europeu, que passou a comandar, pela primeira vez, por dois cetros de vantagem, quatro anos após regressar a uma liderança que não ostentava desde 1954.
A Europa liderou uma primeira vez em 1938, graças ao ‘bis’ da Itália (1934 e 38), após o triunfo inaugural do Uruguai (1930), e depois em 1954, com a vitória da RFA, em resposta à segunda conquistada da seleção ‘celeste’ (1950).
Depois de muitos anos em desvantagem por um troféu ou em igualdade, o ‘velho continente’ voltou a assumir o comando isolado 60 anos depois, em 2010, após os seus representantes somarem novamente dois títulos consecutivos.
Em 2002, o Brasil selou o ‘penta’ na primeira edição em ‘campo neutro’ e colocou a América do Sul a vencer por 9-8, mas a Europa deu a volta, com os triunfos do Itália em 2006, e da Espanha em 2010, na África do Sul.
No Brasil, em 2014, os europeus somaram o primeiro triunfo na América e aumentaram a vantagem, sendo que a próxima edição está marcada para a Europa, onde os ‘anfitriões’ venceram nove de 10 edições – só o Brasil venceu em solo europeu, em 1958.
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e como uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na ‘vizinha’ França.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a ‘bisar’, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando com a vitória da RFA em 1954, mas, vingando o ‘Maracanazo’, os ‘canarinhos’, com Pelé, responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Depois, começou a alternância, com o único cetro da Inglaterra (1966), o ‘tri’ do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o ‘bis’ da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e o ‘tri’ da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o ‘bis’ da Argentina, antes do ‘tri’ da RFA (1990), do ‘tetra’ dos brasileiros (1994), da estreia gaulesa (1998), e do ‘penta’ dos “canarinhos”, liderados por Luiz Felipe Scolari (2002).
A América do Sul ficou a vencer por 9-8, mas, nas últimas três edições, a Europa somou outros tantos triunfos e virou para 11-9, com o ‘tetra’ dos italianos (2006), a estreia espanhola (2010) e o ‘tetra’ dos alemães (2014).