Crónica: Croácia vence Nigéria e assume liderança isolada do grupo D

A vitória da Croácia não sofre contestação, mas foi bafejada com alguma sorte no lance do primeiro golo, dado o desvio para a própria baliza por Etebo, e na infantilidade cometida por Ekong, num ‘abraço' a Mandzukic na área, que ofereceu a grande penalidade a Modric.

Com o atrativo de a vitória dar a liderança isolada do grupo D, após o inesperado empate a 1-1 entre a Argentina e a debutante Islândia, a Croácia, com um ‘onze’ de ataque, subiu ao estádio de Kaliningrado determinada a chegar rapidamente à vantagem.

Com ascendente, permitido, e posse de bola, igualmente consentida por parte da Nigéria, a Croácia criou perigo por Perisic, aos 14 minutos, e Kramaric, aos 16, mas os remates saíram por cima e ao lado, respetivamente, da baliza defendida por Uzoho.

Com o decorrer do jogo, a Nigéria começou a tapar os condutores do jogo croata, provocando problemas à sua construção e impedindo a bola de chegar a Kramaric, Perisic e Mandzukic, e o encontro passou por um período de equilíbrio.

Ighalo, aos 21 minutos, praticamente sem apoio dos seus colegas, ganhou um pontapé de canto e na sequência do lance a defesa croata passou por um momento de aflição, com uma série de ressaltos na sua área, mas sem qualquer perigo para a sua baliza.

Aos 23 minutos, foi a vez de Etebo, jogador que representou o Feirense, após o que foi emprestado ao Las Palmas e em 2018/19 representará o Stoke City, tentar visar a baliza defendida por Subasic, mas o remate saiu sem direção.

A Croácia chegou à vantagem através de um autogolo de Etebo (1-0), aos 32 minutos, na sequência de um ressalto na perna do jogador nigeriano dentro da pequena área, após um desvio de cabeça de Mandzukic, ao corresponder a um canto cobrado por Modric.

Ighalo, aos 34 minutos, procurou reagir à adversidade e rematou com perigo, mas o remate foi desviado num jogador contrário, e Iwobi, já nos descontos da primeira parte, viu o seu remate também desviado da baliza, após uma série de ressaltos na área croata.

Na segunda parte, entrou melhor a Nigéria, explorando os flancos e a rapidez dos seus jogadores, principalmente por Moses, e criou perigo por Bologun na sequência de um pontapé de canto, primeiro de três consecutivos, numa bola dividida de cabeça com Mandzukic.

O selecionador Zlato Dalic, perante o ascendente da Nigéria, abdicou de um avançado e reforçou o meio-campo, fazendo entrar Brozovic por troca com Kramaric, aos 60 minutos, e a Croácia voltou a equilibrar as forças no encontro.

Aos 63 minutos, Moses, lançado por Obi Mikel, caiu na área no ombro a ombro com Strinic, reclamando da marcação de uma grande penalidade, mas sem sucesso. O português Artur Soares Dias no videoárbitro (VAR) concordou com a decisão do brasileiro Sandro Ricci.

A Croácia aumentou a vantagem por Modric (2-0), aos 71 minutos, na transformação de uma grande penalidade, a castigar um lance ‘infantil’ na área da Nigéria, em que Ekong ‘amarra’ Mandzukic num abraço, na marcação de uma bola parada.

Simi, que já representou o Gil Vicente e o Portimonense, ainda foi lançado pelo selecionador Gernot Rohe, juntando-se no relvado aos também jogadores que estiveram em Portugal Etebo e Shehu, que passou pelo União da Madeira.

Moses, aos 87 minutos, ainda procurou o golo que permitisse colocar a Nigéria na luta pelo resultado, mas foi a Croácia, já no período de descontos, a falhar a hipótese de aumentar a vantagem por Kovacic, no duelo cara a cara com Uzoho.