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Jorge Martins diz que o futebol da sua altura era feito de «sacrifício»

Aos 64 anos, Jorge Martins, antigo guarda-redes de Benfica, Belenenses e Vitória de Setúbal, recordou com saudades a carreira futebolística que teve, salientando os sacrifícios que passou e que já o levaram à mesa de operações.

Jorge Martins diz que o futebol da sua altura era feito de «sacrifício»

Enquanto foi ‘miúdo’, Jorge Martins nunca quis saber das balizas, a não ser para marcar golos, a sua primeira paixão nos pelados do Barreirense. Contudo, por causa de uma doença e de um vizinho que viu que a sua agilidade podia ser valiosa entre os postes, Jorge acabou por calçar as luvas. Do Barreirense rumou ao Vitória de Setúbal, por onde passou três vezes, jogando ainda pelo Benfica, pelo Farense e pelo Belenenses, “onde gostou mais de jogar”.

Nunca teve lesões graves, mas recordou ainda com esgar de dor a época que jogou no Restelo com um ombro “pendurado”.

“A lesão mais grave que tive foi no Belenenses, um arrancamento da clavícula. Mas jogava à mesma, com o braço todo ligado. O Marinho Peres dizia que eu tinha de jogar e eu jogava, que remédio. Não podia levantar o braço, mas jogava. A verdade é que fazíamos muito sacrifício para jogar, para poder ganhar uns prémios. Era necessário espírito de sacrifício”, confessou o antigo jogador, que, com a camisola do Belenenses, esteve em duas finais da Taça de Portugal.

Foi também com a camisola do Belenenses, já na equipa de veteranos e quando se preparava para uma viagem para um jogo de exibição nos Estados Unidos, que Jorge Martins teve a pior notícia que o futebol lhe trouxe.

“Estava pronto para ir, mas já não fui. Tinha umas dores horríveis, não queria ir ao médico, mas acabei por ir. O doutor Henrique Jones disse que tinha de ser operado e assim foi. Foi o que o futebol me deixou… fui operado à anca há 17 anos e já tenho uma prótese. Felizmente hoje está tudo bem, mas foi uma altura complicada”, assumiu o antigo guarda-redes, em entrevista à agência Lusa.

Nessa altura, os ‘donos’ da baliza da seleção portuguesa eram Manuel Bento e Vítor Damas, e Jorge Martins guarda a mágoa de nunca ter chegado a envergar a camisola das ‘quinas’, sobretudo quando defendia as balizas do Belenenses.

“As minhas melhores épocas foram no Belenenses, onde tive quatro anos espetaculares, que me marcaram muito. Fomos a duas finais, em 1985/86, em que perdemos com o Benfica, e outra que ganhámos, em 1988/89, também com o Benfica, mas em que já tínhamos eliminado o Sporting e o FC Porto, que foi algo inédito”, recordou.

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