O Boavista confirmou hoje à Agência Lusa que vai falhar o segundo jogo da primeira ronda da Taça da Liga de futebol com o Sporting da Covilhã, tal como fez no primeiro, marcado para domingo no Estádio do Bessa, no Porto.
O clube ''axadrezado'' justifica a ausência com a ''ilegalidade das alegadas deliberações do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que culminaram, entre outras sanções, com o castigo de descida de divisão''.
O Boavista apresentou, então, uma providência cautelar para travar as decisões tomadas pelo Conselho de Justiça, mas o contra-ataque da FPF surgiu sobre a forma da invocação do interesse público dos campeonatos.
O braço-de-ferro prosseguiu com a apresentação por parte do Boavista de um incidente de suspensão no Tribunal Administrativo de Lisboa contra a FPF a apontar irregularidades e a contestar a argumentação de interesse público.
A anunciada penhora do Estádio do Bessa por dívidas ao Fisco, por 29 milhões de euros, foi a mais recente machada na luta pela sobrevivência do centenário clube portuense, campeão nacional em 2000/2001.
O Boavista anunciou que a penhora foi accionada por um Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC) levantado pela anterior direcção da SAD, que tinha o estádio como garantia, mas que já há um novo PEC.
''Em tempo oportuno e porque o IAPMEI já admitiu um outro PEC, o actual Conselho de Administração da SAD apresentará um requerimento às Finanças, propondo a suspensão da venda'', refere o Boavista em comunicado.
O documento validado pelo IAPMEI terá mesmo já sido apenso ao processo de inscrição do Boavista na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), sem a qual o clube não poderá participar nas respectivas provas.
Para legalizar a sua situação aos olhos da LPFP, e poder inscrever jogadores, o Boavista terá ainda que limar algumas arestas processuais, nomeadamente na resolução de alguns processos pendentes com ex-atletas.