Covid-19: Petrobras bate recorde de exportações de petróleo em abril apesar da pandemia

Dessa forma, a Petrobras superou o último recorde de 771 mil barris diários, alcançado em dezembro de 2019, fixando uma nova marca que "contribui para o fortalecimento do fluxo de caixa da empresa", que é controlada pelo Estado brasileiro, mas com ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madrid.

A petrolífera enfatizou que o resultado chega num momento "desafiante" da economia mundial, "com uma grande redução na procura global por petróleo e derivados, causada pelo surto do novo coronavírus".

"Em função da forte contração do mercado nacional, a Petrobras está a dirigir esforços para a exportação da sua produção, depois de atender à demanda interna", indicou a nota da empresa.

Segundo Anelise Lara, diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, nos primeiros quatro meses do ano a China foi o principal destino de vendas da empresa, absorvendo 60% do petróleo exportado.

Além do gigante asiático, a empresa normalmente comercializa petróleo bruto para o mercado norte-americano, europeu, indiano e para outros destinos asiáticos.

"Estamos a direcionar os nossos esforços para a exportação de petróleo e derivados por meio de uma série de ações logísticas, que possibilitam a expansão da nossa capacidade. Esperamos continuar com um bom desempenho de nossas exportações, com base na retomada da procura da China, em conjunto com ações para desenvolver novos mercados para os nossos produtos", acrescentou Anelise Lara.

A Petrobras destacou que o crescimento das exportações em abril acompanha a tendência observada no primeiro trimestre de 2020, quando as vendas externas registaram um aumento de 25% em relação aos três meses anteriores.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.