Selecção: Liedson disponível para representar Portugal

“Quando tiver a cidadania portuguesa, o passaporte, quando estiver tudo direitinho, nada me impede de alinhar na selecção portuguesa. Tudo depende das pessoas que estiverem lá e como vão reagir. É uma coisa para ser estudada pensada... da minha parte não tem problema algum”, disse.

O melhor marcador estrangeiro da história do Sporting diz sentir-se português, “pelo carinho, pelas pessoas” e pela “história” feita de “leão ao peito”.

“Por tudo isso que está acontecendo, estou a querer o passaporte português. Todos os jogadores sonham em jogar pela selecção, independente do país em que estejam”, avançou.

Liedson afirmou ainda que a concorrência na selecção “canarinha” pesa também na sua decisão de representar Portugal.

“Não vou deixar de ser brasileiro nunca, amo meu país, como também amo Portugal, só que na minha posição a concorrência é muito grande. As pessoas que estão lá têm todo direito, todo o mérito, porque aproveitaram a sua oportunidade. Agora estão pintando algumas coisas para a selecção daqui, então por que não?”.

O brasileiro, com contrato até 2010 com o Sporting, reiterou também a intenção de terminar a carreira no clube de Alvalade.

“Tenho contrato até 2010. Pode ser que renove ou não. Depende de algumas coisas, mas, quando estamos num lugar em que nos sentimos bem, não é preciso mudar. Se eles quiserem, encerro aqui (a carreira) numa boa”, sublinhou.

O avançado falou ainda que, na possibilidade de jogar por Portugal contra o Brasil, o “coração iria ficar dividido”.

“Ia procurar fazer o meu melhor para o lado de Portugal ou por onde eu estivesse jogando. Independentemente de qualquer coisa, eu sou um profissional. Amo também muito Portugal, estou muito bem aqui e isso é o que importa”, afirmou o “levezinho”.

O seleccionador português disse recentemente seria um “absurdo” não pensar em Liedson para representar a equipa das “quinas”.

Carlos Queiroz disse não colocar “reserva mental” à possibilidade do brasileiro naturalizar-se português e poder actuar na equipa de Portugal, à semelhança de Deco e Pepe.

“Liedson é um ponta-de-lança importante. Seria um absurdo não pensar nele. Mas nem os seleccionadores nem os treinadores devem andar atrás dos jogadores para eles representarem o país”, disse.