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Proença propõe novo modelo de governação para Liga de clubes que pode precipitar eleições

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional [LPFP], Pedro Proença, apresentou hoje uma proposta para alterar o modelo de governação do organismo, que caso seja aprovada pelos clubes vai precipitar eleições para uma nova direção.

Proença propõe novo modelo de governação para Liga de clubes que pode precipitar eleições

A proposta, que hoje foi apresentada na Assembleia Geral da LPFP, que decorreu no Porto, prevê que a direção, atualmente representada por clubes, deixe de existir e passe a haver um novo modelo com um presidente e uma direção executiva com poderes reforçados, e um Conselho de Presidentes com funções de supervisão.

A atual direção da LPFP conta com representantes de FC Porto, Sporting, Tondela, Gil Vicente, Mafra e Leixões, depois da saída de Benfica e Cova da Piedade.

As bases deste novo modelo serão agora debatidas por um grupo de trabalho, constituído por emblemas da I e II Liga, que vão trabalhar as alterações estatuárias necessárias, para que a proposta vá a debate e votação numa Assembleia Geral, e, caso seja ratificada, levará à necessidade de eleger uma nova direção.

Sónia Carneiro, diretora executiva da LPFP, garantiu que ainda não há datas previstas para o debate e eventual aprovação do documento, que poderá regular uma nova era no organismo, mas garantiu que nesta Assembleia Geral "em nenhum momento o presidente da Liga esteve em causa".

"Todos [os clubes] elogiaram o trabalho de governação do presidente da Liga. Recuperámos alguns dos feitos dos últimos cinco anos e os resultados que temos hoje. De maneira nenhuma a posição dele foi colocada em causa. O que foi questionado é se este modelo de governação atual com clubes [na direção] faz sentido", disse Sónia Carneiro.

Confrontada com algumas divergência e críticas apontadas a Pedro Proença por alguns clubes, nomeadamente Benfica e Sporting de Braga, sobre a forma como o líder da LPFP lidou com alguns assuntos durante a pandemia de covid-19, a diretora executiva disse "ser normal".

"Num período difícil do futebol português foram tomadas decisões certas, mas ninguém está livre da crítica, e todos crescemos nos últimos dois meses. Houve decisões que não agradaram a todos, mas na grande maioria foram sufragadas hoje na Assembleia Geral", disse Sónia Carneiro.

Sobre a possibilidade de o público voltar às bancadas dos estádios portugueses ainda esta temporada, a diretora executiva da Liga mostrou "esperança" de que tal aconteça, mas lembrou que a decisão será do Governo.

"Este tem sido um processo evolutivo, e acredito que com a atitude de responsabilidade que os portugueses têm mostrado, que será possível que a Direção-Geral da Saúde possa ter alguma contemplação nesse sentido", disse a responsável, embora reforçando que essa não é uma decisão da LPFP.

Também na reunião hoje foi aprovada, por maioria, a alteração temporária do Regulamento de Competições da LPFP que permite a inscrição de nove suplentes e a realização de cinco substituições por equipa nos remanescentes jogos da I Liga.

A medida entra em vigor já a partir da 26.ª jornada, cujo primeiro jogo está marcado terça-feira e vai opor Gil Vicente a Famalicão, em Barcelos.

Foi também ratificada a decisão tomada pela direção da LPFP em 05 de maio último de indicar como promovidos os dois primeiros classificados da II Liga, Nacional e Farense, e os dois últimos, Cova da Piedade e Casa Pia, como despromovidos ao Campeonato de Portugal, na sequência do cancelamento do segundo escalão devido à pandemia de covid-19.

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