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Covid-19: Governo cabo-verdiano encomenda 300 mil máscaras comunitárias

O Governo cabo-verdiano autorizou a compra de 300 mil máscaras comunitárias para distribuir por funcionários dos serviços da Administração Pública e por famílias vulneráveis, para prevenir a transmissão da covid-19 no arquipélago.

Covid-19: Governo cabo-verdiano encomenda 300 mil máscaras comunitárias

A medida consta de um despacho assinado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, de 17 de junho, sendo justificada pela obrigatoriedade de uso de máscara em serviços públicos e privados.

O documento explica que o Governo pretende “adquirir, de forma rápida e a um preço acessível”, para todos os serviços da Administração Pública, bem como “para as famílias vulneráveis”, cerca de 300 mil máscaras comunitárias, como “solução de reforço à proteção” contra o novo coronavírus, “incentivando-se assim o uso de máscaras de uso não profissional, mas respeitadas as regras básicas”.

Não são adiantados valores para este negócio no mesmo despacho governamental, que será suportado pelo orçamento do Serviço Nacional de Proteção Civil, mas esta encomenda dificilmente será garantida apenas pela produção cabo-verdiana de máscaras comunitárias.

Cerca de 64 mil máscaras comunitárias produzidas em Cabo Verde tinham sido colocadas no mercado cabo-verdiano até finais de maio, conforme avançou na altura o presidente da empresa pública Emprofac, Fernando Gil Évora.

De acordo com o responsável da Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos (Emprofac), indicada pelo Governo cabo-verdiano para receber em exclusivo todas as máscaras comunitárias produzidas em Cabo Verde, para depois as colocar no mercado, entre 10 e 12 fábricas e artesãos das ilhas de Santiago, São Vicente e Santo Antão estavam então certificados para essa produção.

O preço da venda ao público destas máscaras, que são reutilizáveis em conformidade com as indicações dos fabricantes, não poderá ultrapassar os 235 escudos (2,10 euros), conforme foi estipulado pela Emprofac, e a produção tem de ser obrigatoriamente certificada pelo Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI), para poder chegar ao mercado.

A Emprofac compra as máscaras aos produtores, semanalmente, e depois revende-as aos distribuidores locais.

“À medida que mais unidades produtivas são certificadas, mais máscaras compramos e colocamos no mercado", avançou.

A Emprofac também já importou, de vários fornecedores portugueses, outras 100 mil máscaras comunitárias, cujo preço máximo de venda é, neste caso, de 400 escudos (3,60 euros).

“Como neste momento sabemos que a produção nacional ainda não cobre as necessidades todas, nós importamos. Temos máscaras comunitárias importadas de Portugal para fazer face a essa diferença entre as necessidades e a produção nacional”, explicou o administrador.

Desde 25 de maio que o atendimento ao público, seja em serviços do Estado ou empresas privadas, passou a ser feito obrigatoriamente com máscaras e por determinação legal os clientes que não as usarem não serão atendidos.

Segundo Fernando Gil Évora, a Emprofac já importou, desde o início da pandemia, cerca de dois milhões de máscaras cirúrgicas, destinadas ao uso profissional, num investimento superior a 1,6 milhões de euros, com o mercado a ter atualmente um ‘stock’ para dois meses.

Cabo Verde regista um acumulado de 782 casos de covid-19 desde 19 de março. Destes, sete acabaram por morrer, mas 385 foram considerados recuperados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 445 mil mortos e infetou mais de 8,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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