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Portugal-Croácia: Depois de Éder, foi a vez de Guedes

Portugal começa sábado a defender o título da Liga das Nações de futebol, a segunda ‘página’ mais importante da sua história, logo a seguir ao Euro2016, numa campanha em que mostrou que consegue chegar longe, mesmo sem Ronaldo.

Portugal-Croácia: Depois de Éder, foi a vez de Guedes

O capitão da seleção nacional apenas participou na fase final, e foi mesmo determinante na meia-final com a Suíça (3-1), ao assinar um ‘hat-trick’, mas esteve ausente durante toda a fase de grupos, tendo na altura pedido dispensa por estar a adaptar-se à Juventus.

Sem a sua grande ‘estrela’, Portugal esteve exemplar no Grupo 3, ultrapassando Itália e Polónia e, depois de bater os Países Baixos na final (1-0), no Estádio do Dragão, com Gonçalo Guedes a juntar-se no grupo de 'imortais' a Éder, terminou a competição sem qualquer derrota, com quatro vitórias e apenas dois empates.

Tudo começou em 10 de setembro de 2018, no Estádio da Luz, frente à Itália, um adversário que historicamente costuma complicar a vida a Portugal, mas neste caso um golo de André Silva, aos 48 minutos, acabou por garantir o triunfo (1-0) à equipa de Fernando Santos.

Nesse jogo, a seleção nacional encontrou uma Itália em processo de renovação, com a entrada de Roberto Mancini para o cargo de selecionador, depois da ‘trágica’ ausência do Mundial2018, algo que não sucedia há 60 anos.

No mês seguinte, os campeões europeus foram à Polónia e efetuaram uma das exibições mais ‘coloridas’ da ‘era’ Fernando Santos, vencendo por 3-2, tendo praticado um futebol bem vistoso, sobretudo durante a primeira parte.

Em Chorzów, Piatek até deu vantagem aos polacos, aos 18 minutos, mas Portugal deu a volta ainda durante a primeira metade, com golos de André Silva, aos 32, e Glik, aos 43, na própria baliza.

A segunda parte começou com Bernardo Silva a aumentar a diferença, aos 52 minutos, mas Błaszczykowski reduziu para a Polónia, aos 77.

Nesta fase, Portugal liderava o Grupo 3 com seis pontos e podia festejar já em outubro o apuramento para a fase final mesmo sem jogar, caso Polónia e Itália empatassem em Chorzów, algo que esteve muito perto de acontecer, mas Biraghi deu o triunfo (1-0) à ‘squadra azzurra’, aos 90+2 minutos.

Esse resultado fez a Itália reentrar na luta pelo primeiro lugar, ainda mais sabendo que iria receber Portugal em Milão, no mês de novembro. Por seu lado, a seleção lusa apenas precisava de um empate e foi isso que acabou por acontecer (0-0). Foi apenas a segunda vez que a formação das ‘quinas’ não perdeu um jogo em solo italiano.

Em San Siro, a equipa de Mancini ainda criou alguns sustos durante a primeira parte, mas Portugal acabou por manter o nulo, perante uma seleção italiana bem longe do poderio que teve no passado e que a levou à conquista de quatro Campeonatos do Mundo.

No mesmo mês, e já para cumprir ‘calendário’, Portugal empatou (1-1) em Guimarães com a Polónia, com mais um golo de André Silva, que abriu o marcador aos 34 minutos. Milik, aos 66, empatou a partida na marcação de uma grande penalidade, num lance que resultou também na expulsão de Danilo.

Portugal estava na fase final da primeira edição da Liga das Nações e, no final do ano, em dezembro, viu confirmado que as decisões iriam acontecer no Porto e em Guimarães, as cidades escolhidas para receber a mais recente competição da UEFA.

Apesar de ter tido um início de 2019 algo atribulado na defesa do título europeu, com dois empates em março no Estádio da Luz, em Lisboa, com Ucrânia (0-0) e Sérvia (1-1), na fase de qualificação, Portugal foi apontado como favorito a vencer a Liga das Nações, ‘rótulo’ sempre rejeitado pelo selecionador Fernando Santos, numa fase em que estava ainda Inglaterra, Países Baixos e Suíça.

O sorteio voltou a colocar os helvéticos no caminho da formação lusa nas meias-finais, depois de ter causado bastantes problemas na qualificação para o Mundial2018, mas Cristiano Ronaldo abriu o ‘livro’ e fez (mais uma) exibição memorável com a camisola das ‘quinas’.

No Estádio do Dragão, o avançado fez o primeiro ‘golaço’ do jogo aos 25 minutos, na marcação de um livre direto, mas o defesa Ricardo Rodriguéz refez a igualdade aos 57, na marcação de uma grande penalidade, a castigar falta de Nelson Semedo.

O prolongamento era algo praticamente certo para aos 42.415 espetadores que estavam no Dragão, mas Ronaldo fez questão de ‘provar’ a todos que estavam errados, com golos aos 88 e 90.

No primeiro tento, Ronaldo bateu o guarda-redes Sommer com um remate ‘fulminante’ já dentro da área e, no segundo, num lance individual, ‘deitou’ um defesa helvético antes de atirar com sucesso para as redes.

Portugal estava na terceira final da sua história, segunda em solo luso, o que fez surgir alguns ‘fantasmas’ do passado: o Euro2004 e a derrota com a Grécia (1-0) na Luz, no jogo decisivo da prova.

O resultado foi o mesmo, mas desta vez a favor de Portugal, com Gonçalo Guedes, com um remate certeiro aos 60 minutos, a ficar na história como o marcador do golo do título.

No dia em que se tornou no guarda-redes com mais jogos pela seleção nacional, superando Vítor Baia, Rui Patrício foi determinante na parte final do duelo com os holandeses e Bernardo Silva acabaria por vencer o prémio de melhor jogador do torneio.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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