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Vítor Pereira traça balanço positivo da arbitragem, apesar de época «com muito ruído»

O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Vítor Pereira, traçou hoje um balanço positivo da arbitragem em 2008/2009, apesar de ter sido uma época ''com muito ruído''.

''Os árbitros tiveram que passar por duras provas de motivação e autoconfiança'', referiu Vítor Pereira, explicando que, em relação à época 2007/2008, ''houve uma evolução positiva” relativamente aos desempenhos.

A análise aos 530 jogos realizados, o que dá uma média de 22 por árbitro, aponta para uma diminuição de notas tidas como insatisfatórias (menos 21) e um aumento de notas muito satisfatórias (mais 18).

''A esmagadora maioria das notas da Liga e Liga de Honra, de uma escala de 1 a 5, situou-se entre os 3,2 e os 3,4'', referiu Vítor Pereira, traçando como objectivo ''fazer desaparecer as negativas e aumentar a excelência''.

Vítor Pereira desmistificou ainda o mito de que os jogos televisionados teriam melhores avaliações, apresentando números muito próximos (3,23 e 3,20), o que revela que ''os critérios de avaliação dos observadores foram uniformes''.

O portuense Jorge de Sousa, primeiro do ''ranking'' nacional de árbitros, foi o que teve a nota mais alta, ao ser avaliado com um 4,3, mas Vítor Pereira referiu que nem tudo correu bem no ano que passou.

A arbitragem de Lucílio Baptista na final da Taça da Liga, entre Benfica e Sporting, marcada por uma grande penalidade mal assinalada a favor dos “encarnados”, que então perdiam e acabar por vencer nos “penaltis”, foi uma das que provocou uma sensação de ''desconsolo e tristeza''.

''Foi mau para a competição, para a imagem da arbitragem e para o protagonista. Nós sabíamos que era um jogo que não podia ter falhas, que iria ter muitos aproveitamentos. Os nossos receios confirmaram-se'', referiu.

A profissionalização dos árbitros, dando corpo a uma pretensão de há dois anos, e que mereceu receptividade por parte dos árbitros, foi um dos aspectos focados por Vítor Pereira como estando em movimento.

Vítor Pereira deu ainda conta do resultado de um inquérito aos clubes, que aponta para a necessidade de uniformizar os critérios dos árbitros não só durante o decorrer de um jogo, como entre todos os jogos.

O responsável considerou que este aspecto vai ser tido em conta e trabalhado já para a próxima época e recordou que os clubes, de uma forma geral, reconheceram que o nível de desempenho dos árbitros melhorou.

O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga anunciou ainda que irá promover duas sessões de trabalho com os treinadores dos clubes, a 04 e 05 de Agosto, no Porto e Lisboa, respectivamente, ''para preparar a próxima época em consonância''.

A finalidade das reuniões é estabelecer objectivos em conjunto para a arbitragem, temas como aumentar o tempo útil de jogo ou tornar o futebol menos violento.

''O objectivo é tornar a próxima época melhor do que esta. Com mais espectáculo, mais espectadores, mais publicidade, mais receitas, mais famílias, mais festa e mais ordenados para todos'', referiu Vítor Pereira.

Em relação ao ''ranking'' dos árbitros, Vítor Pereira, além de ressaltar a média de idades mais baixa de sempre do quadro (35,2 anos), recorda que a regularidade é um factor fundamental na classificação.

''Os que ganham são sempre os que conseguem ser os mais regulares ao longo da época. E o nosso objectivo é melhorar e contribuir para que os árbitros sejam melhores a cada dia'', acrescentou.

Vítor Pereira defende que os árbitros também lutam pelas melhores classificações e que são parte integrante do espectáculo, mas não agentes principais. ''Não devemos promover árbitros mas sim jogadores'', disse.

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