Sub-21: Portugal vence Irlanda do Norte por 2-1 na estreia de Oceano

A vitória tangencial não traduz a supremacia da selecção portuguesa, sobretudo na segunda parte, quando conseguiu fazer uma boa circulação de bola, perante um adversário tipicamente britânico, com limitações técnicas evidentes e a praticar um futebol directo.

Portugal voltou a evidenciar dificuldades ao nível da finalização, um problema crónico que atravessa todos os escalões até aos seniores, com várias oportunidades desperdiçadas, que, a serem concretizadas, dariam maior expressão ao marcador.

A grande figura do jogo foi o benfiquista Fábio Coentrão, pelo que jogou e fez jogar os companheiros, tendo sido o autor do primeiro golo e unidade interveniente em quase todas os lances de perigo e oportunidades de golo criadas pela selecção nacional.

As entradas de Tengarrinha para o meio-campo e de Candeias para extremo após o intervalo, substituindo duas unidades de menor rendimento - André Santos e Ukra -, também contribuiram para que Portugal fosse uma equipa mais segura a circular a bola e mais incisiva no ataque.

A Irlanda do Norte tentou sempre jogar em todo o campo, sem marcações rigorosas, o que lhe foi fatal na segunda parte pelos espaços que concedeu perante executantes de superior nível técnico.

Neste campo, Fábio Coentrão provocou vários desequilíbrios, como no lance que esteve na origem do primeiro golo, de puro contra-ataque, finalizado pelo extremo aos 57 minutos, que apanhou a defesa irlandesa descompensada.

Este golo empolgou a selecção portuguesa para um período de grande fulgor e inspiração, consubstanciado no domínio total da partida, que se traduziu no segundo golo, aos 62 minutos, numa jogada de belo recorte técnico, na qual, para além de Fábio Coentrão, tiveram papel decisivo Pereirinha (outra boa exibição) e Yazalde, que a concluiu, de cabeça.

Portugal teve oportunidades para fazer o 3-0 e Fábio Coentrão ainda ofereceu a Pereirinha o terceiro golo, mas seria a Irlanda do Norte a reduzir a diferença numa grande penalidade tão indiscutível quanto escusada cometida por Marco Matias, concretizada por Duffy, aos 74.

Artur Soares Dias agiu neste lance de acordo com a lei, mas na primeira parte não assinalou uma grande penalidade evidente cometida por Duffy sobre Yazalde.

O jogo foi um bom teste para a selecção portuguesa para os ''jogos a doer'', cujo grau de dificuldade vai ser muito superior ao do jogo de hoje, perante um adversário simpático.

Ficha do Jogo:

Jogo no Estádio Municipal da Guarda.

Portugal- Irlanda do Norte, 2-1.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

1-0, Fábio Coentrão, 57 minutos.

2-0, Yazalde, 62.

2-1, Duffy, 74 (g.p.).

Equipas:

- Portugal: Rui Patrício (Ventura, 46), Pereirinha, Daniel Carriço, André Pinto (Miguel Vítor, 70), Rúben Lima, Adrien, André Santos (Tengarrinha, 46), Castro (Marco Matias, 66), Ukra (Candeias, 46), Fábio Coentrão (Rui Fonte, 82) e Yazalde.

(Suplentes: Ventura, Miguel Vítor, Tengarrinha, Candeias, Marco Matias, Nelson Oliveira e Rui Fonte)

- Irlanda do Norte: O'Neill, Flynn, Casement, Duffy, Magnay, Garret, Evans (Shroot, 56), Mc Gurk (Lawrie, 41), Ferguson (Donnelly, 46, Gibb, 80), Magennis e Lowry (Norwood, 46).

(Suplentes: Carson, Gibb, Donnelly, Shroot, Norwood e Lawrie)

Árbitro: Artur Soares Dias (Portugal).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Evans (45), André Santos (45+1), Flynn (61 e 76). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Flynn (76).