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Um golo solitário de Gonçalo Ramos divergiu hoje do desperdício da seleção portuguesa de futebol de sub-21 na visita ao Chipre, ditando o quarto triunfo nacional, e terceiro por 1-0, no Grupo D de qualificação para o Euro2023.
No Estádio Antonis Papadopoulos, em Larnaca, o avançado do Benfica marcou aos 15 minutos, selando uma vitória com dedicatória especial para o selecionador Rui Jorge, substituído no banco por Romeu Almeida, devido a um teste positivo para a covid-19.
Com 14 golos marcados e zero sofridos, Portugal segue isolado no topo do Grupo D, com 12 pontos (quatro jogos), seguido de Grécia, com 11 (cinco), Chipre e Islândia, ambos com sete (quatro), Bielorrússia, com três (cinco), e Liechtenstein, sem pontos (seis).
Os vencedores das nove ‘poules’ e o melhor segundo classificado apuram-se para a fase final Europeu de sub-21, a ser coorganizado por Roménia e Geórgia, de 09 de junho a 02 de julho de 2023, ao passo que os restantes oito segundos seguem para os ‘play-offs’.
Em relação ao triunfo na Islândia (1-0), Portugal trocou uma peça no ‘onze’, com Tiago Djaló, lesionado, a dar lugar no eixo defensivo a Gonçalo Inácio, estreante absoluto no escalão de sub-21, quase dois meses depois da primeira chamada à seleção principal.
O habitual titular do campeão nacional Sporting ameaçou mesmo o golo logo ao terceiro minuto, ao desviar por cima um canto de Fábio Vieira, da mesma forma com que Antreas Karamanolis, servido por Giannis Gerolemou, colocou à prova Celton Biai, aos cinco.
Esse sério aviso do Chipre foi uma exceção face ao crescente domínio de Portugal, que nem precisou de acelerar para se adiantar no marcador ao quarto de hora, quando André Almeida desarmou Ioannis Costi a meio-campo e conduziu a bola até lançar na esquerda Gonçalo Ramos, que assinou um remate em arco indefensável para Stephanos Kittos
O vice-campeão europeu de sub-21 expunha com recurso à pressão alta as debilidades na construção dos anfitriões - que ainda não tinham sofrido golos nesta qualificação - e ganhou conforto para explanar o habitual futebol rendilhado a toda a largura do campo.
Nikolaos Panagiotou ‘limpou’ em cima da linha um desvio de Fábio Silva, aos 17 minutos, após cruzamento de João Mário na direita, com Vítor Ferreira a atirar na recarga à figura de Stephanos Kittos, que, aos 19, ‘segurou’ um cabeamento fraco de Gonçalo Ramos.
O guarda-redes de Chipre voltou a intervir à meia hora, ao agarrar a dois tempos uma finalização de cabeça de Fábio Vieira, novamente esboçada por João Mário, segundos antes de Giannis Gerolemou disparar de longe para defesa tranquila de Celton Biai.
Portugal foi insistindo de várias maneiras até ao intervalo, fosse nas alas, sobretudo pela direita, onde Fábio Vieira levantou o esférico para um cabeamento ao lado de Gonçalo Ramos, aos 39 minutos, ou pelo corredor central, quando Tiago Dantas deixou com mestria Nuno Tavares na cara de Kittos, mas Karamanolis fez um corte crucial, aos 42.
O segundo tempo abriu de forma similar ao primeiro, com Fábio Silva, servido à distância por João Mário, a esbarrar na oposição de Stephanos Kittos, aos 48 minutos, enquanto Thomas Nikolaou, aproveitando um livre estudado, deu trabalho a Celton Biai, aos 52.
Se os pupilos de Giannis Okkas aparentavam maior atrevimento, o argumento do jogo manteve-se intacto, ainda que a ineficácia de Fábio Silva, que vacilou mais duas vezes perante Stephanos Kittos, aos 52 e 54 minutos, prologasse o impasse sobre o vencedor.
Num desafio de baixa dificuldade, a formação de Romeu Almeida diminuiu o ritmo com a ‘dança’ das substituições, que possibilitaram a estreia de Chiquinho, mas soube controlar a vantagem mínima, tal como já havia patenteado nas visitas à Bielorrússia e à Islândia.
Vítor Ferreira foi deixando pormenores com bola, como aos 64 minutos, numa jogada em que driblou quatro adversários até isolar Fábio Vieira, cujo ‘tiro’ foi negado pelo inevitável Kittos, a principal figura do Chipre, que vai reencontrar Portugal na terça-feira, em Faro.
