Crónica: FC Porto empata na visita à Lazio e avança para os 'oitavos'

Ciro Immobile abriu o ativo para os anfitriões aos 19 minutos, mas Taremi, de penálti, empataria aos 31 e Uribe, aos 68, consumaria a reviravolta, que já tinha acontecido em Portugal. Na pressão final, os transalpinos ainda empatariam, por Cataldi, aos 90+5 minutos.

Depois do triunfo por 2-1 na primeira mão, a igualdade coloca a equipa de Sérgio Conceição entre os 16 mais fortes da competição pela terceira vez na história, depois de 2010/11 e 2013/14, sendo que na primeira ocasião venceu o troféu (1-0 ao Sporting de Braga, na final) e na segunda ‘caiu’ nos ‘quartos’, perante o Sevilha.

Em relação ao jogo na Invicta, Bruno Costa substituiu João Mário na lateral direita, Vitinha ocupou o lugar de Grujic no meio-campo e Taremi surgiu na frente onde esteve Fábio Vieira. Na Lazio, regressou a estrela Ciro Immobile, que tinha falhado a primeira mão, enquanto o cabo-verdiano Jovane Cabral, emprestado pelo Sporting, não saiu do banco de suplentes.

Após 15 minutos desinteressantes, a Lazio começou a surgir com algum perigo e Immobile, aos 16, ameaçou com remate cruzado, um minuto antes de Diogo Costa ‘encaixar’ uma ameaça de Pedro Rodríguez.

De um erro de Pepe, que no meio-campo falhou um passe e posteriormente não teve pernas para acompanhar o também experiente Immobile, nasceu o golo dos romanos, com o internacional transalpino a acabar o lance, colocando a bola entre o poste e o guarda-redes, fazendo o 1-0.

Sem conseguir pressionar alto e com menor capacidade de reação à perda do que o habitual, o FC Porto também não era criativo nem tinha profundidade no seu futebol ofensivo, acabando salvo por um penálti de Milinkovic-Savic sobre Taremi, que o iraniano converteu no empate 1-1, aos 31 minutos, depois de o árbitro consultar o videoárbitro (VAR).

Ultrapassando uma etapa inicial abaixo do seu nível habitual, o ‘dragão’ esteve bem mais consistente após o descanso e, logo aos 47 minutos, Pepê, nas costas da defesa, fez o mais difícil e cabeceou ao lado, na sequência de um cruzamento perfeito de Toni Martínez.

Na resposta, com o último reduto descompensado, Luís Alberto (49) atirou rente ao poste, com igual perigo.

O desafio estava mais mexido e aos 55 minutos foi o guarda-redes Strakosha a negar o golo a Otávio e, no mesmo lance, a Vitinha, em bola ‘traiçoeira’, pois desviou num atleta. Aos 68 minutos, o albanês evitou a festa de Galeno.

Com o bloco mais subido e a pressionar melhor, o FC Porto daria a volta ao jogo em assistência vistosa de Taremi (68) – com pouco espaço, fez um ‘chapéu’ à defesa – para Uribe, que parou no peito e, sem deixar cair, rematou com o pé esquerdo para o 2-1.

Com a eliminatória aparentemente controlada, os ‘azuis e brancos’ baixaram claramente a pressão e iam pagando por isso, pois concederam demasiadas oportunidades para a Lazio voltar à discussão do desafio e da eliminatória.

Diogo Costa brilhou várias vezes, em outras tantas os italianos tiveram falta de pontaria e, já aos 90+5 minutos, Cataldi recarregou uma bola devolvida pelo poste, premiando a ponta final muito forte da sua equipa, ainda assim insuficiente.