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FC Pilum contrata italiano para sair do último lugar da Liga de futebol guineense

O presidente do FC Pilum, Abdu Mané, contratou o treinador italiano Tino Pavone para tentar escapar à descida à segunda divisão, já que neste momento ocupa a última posição da Liga da Guiné-Bissau em futebol.

FC Pilum contrata italiano para sair do último lugar da Liga de futebol guineense

Na Guiné-Bissau há 25 anos, casado com uma guineense e pai de duas filhas, Pavone sabe das dificuldades para “salvar o FC Pilum”, mas também disse não ter “medo de mais um desafio”, que é agora ajudar uma equipa que no ano passado foi campeã da segunda divisão.

Após 11 jogos do campeonato da primeira liga, o FC Pilum apenas arrecadou cinco pontos.

Na estreia como treinador do FC Pilum, o técnico italiano empatou 0-0, em casa do FC Binar.

Na quinta-feira, Tino Pavone fez o seu primeiro jogo em Bissau, mas perdeu diante da União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB) por 2-1, embora o presidente do clube, Abdu Mané, tenha reconhecido à Lusa ter-se tratado “do melhor jogo” da época.

Com passagens por FC Tombali e FC Cantanhez, ambas equipas do sul da Guiné-Bissau, Pavone acha que FC Pilum não vai descer de divisão a partir do momento em que os jogadores assimilarem as suas ideias de jogo.

“O FC Pilum tem jovens muito interessantes, tecnicamente muito fortes, falta-lhes alguns movimentos no campo tático e de realizações, porque a equipa não faz muitos golos, mas penso que dentro de algumas semanas podemos resolver este problema”, observou Tino Pavone, momentos antes de defrontar a UDIB.

O técnico italiano reconhece que o FC Pilum “tem dirigentes competentes” e também acredita que, com o tempo, os jogadores vão perceber os seus ensinamentos de aspetos como o posicionamento no campo e a tática.

“É claro que no futebol o resultado dá coragem para trabalhar melhor, mas, para mim, não se trata de nada complicado ou difícil. Tenho a certeza de que, com trabalho, vamos sair desta situação difícil”, afirmou Tino Pavone.

Nas próximas semanas, o FC Pilum terá cinco jogos em casa, o Estádio Lino Correia, em Bissau, e o técnico italiano acredita que os resultados vão aparecer.

Trabalhar com os adultos dá prazer ao italiano, que chegou à Guiné-Bissau em 1995 com um projeto de turismo, mas o que dá mesmo gozo à Tino Pavone é a sua escola de futebol para crianças, montada na ilha de Bolama há 14 anos.

Pavone diz que se mantém na Guiné-Bissau “pelo amor ao país e ao futebol”, que deixou de jogar de forma profissional ainda na sua Itália natal, onde chegou a representar o Vizzano Pineto, na terceira divisão, um clube perto da região da Pescara.

Instado a comentar a ausência da Itália no próximo Mundial, Tino Pavone disse ser uma “desgraça”, lembrando o golo marcado pela Macedónia do Norte no jogo do ‘play-off’ à ‘Squadra Azzurra’, já nos descontos.

Sobre o facto de ser o único italiano a treinar na Guiné-Bissau, Pavone, que se expressa em crioulo, disse ser algo normal, que “pode ajudar os jogadores” e salientou que os treinadores do seu país “são campeões da tática”.

Tino Pavone afirmou que até ao final da época os jogadores do FC Pilum “terão outro comportamento nos campos” de Bissau ou do interior da Guiné-Bissau.

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