Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a derrota frente ao Benfica (0-2), da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
“O que me deixou menos satisfeito foi o resultado. O jogo começou com o Sporting a querer tomar a iniciativa e o Benfica marcou um golo de uma bola batida e a partir daí estivemos desinspirados. Isso criou-nos alguma ansiedade. Como tínhamos de fazer dois golos, o empate não nos interessava, arriscámos tudo.
O jogo de hoje teve uma equipa a jogar com o bloco baixo e nós estivemos desinspirados. Hoje, sofremos dois golos com uma transição no início e outra no fim.
O Benfica dificultou porque jogou baixo e com muita gente atrás da linha da bola. A falta de inspiração depende mais de nós do que do adversário.
Talvez a equipa tenha ficado pior com as substituições por culpa do treinador. Modificámos muito a estrutura da equipa. Não é por responsabilidade dos jogadores.
O primeiro golo, não há problema em dizer, foi oferecido por nós. Não conseguimos limpar a jogada. Agora, há que pensar no jogo de quinta-feira [para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal]. Temos de marcar dois golos no Dragão.
O que sinto de já não poder lutar pelo título é indiferente de se dar ou não um banho tático. O treinador do Benfica foi mais feliz e mais competente do que eu. Podem escrever o que quiserem em relação ao banho tático.
A verdade é que perdemos um dérbi. Mas, mais que isso, é não poder lutar pelo campeonato. Devíamos estar a lutar pelo campeonato. Agora temos de preparar a Taça de Portugal. Amanhã estarei de volta com a máxima força. Quero ganhar o próximo campeonato e depois o outro.
Pedro Gonçalves teve muitas paragens e ainda não conseguiu embalar. A qualidade e a capacidade que tinha o ano passado não está a acontecer. Mas, ocupa bem os espaços. Acreditamos da mesma maneira. Tem mais uns jogos para voltar à forma dele.
Agora é a Taça de Portugal. É uma competição diferente e temos um título para vencer. Vamos jogar a um estádio de uma equipa que está prestes a ser campeã. Somos claramente equipa para dar a volta a eliminatória.
Para vencer o FC Porto, precisamos de ser melhores nos momentos-chave do jogo. Quer a atacar, quer a defender. Temos de fazer um jogo melhor, não sofrer golos e fazer, no mínimo, dois golos.
Matematicamente o campeonato não está fechado, mas há que ter a noção das coisas”.