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Mundial-2022: João Pereira diz que toda a seleção saiu de rastos do Mundial-2014

O antigo internacional português João Pereira reconhece que toda a seleção saiu “de rastos” do Mundial no Brasil em 2014, eliminada na fase de grupos, mas não provou em campo que tinha capacidade para fazer melhor.

Mundial-2022: João Pereira diz que toda a seleção saiu de rastos do Mundial-2014

“Ninguém saiu de lá contente, a pensar que ‘aconteceu’. Toda a gente saiu de rastos, porque sabíamos que éramos capazes de mais. Mas, a verdade é que não o provámos dentro de campo e por isso é que ficámos de fora”, lamentou o lateral direito de Portugal, nesse torneio, em entrevista à agência Lusa.

A eliminação, garantiu o atual treinador dos sub-23 do Sporting, foi completamente inesperada, até porque, dois anos antes, Portugal tinha realizado “um Europeu [2012] fantástico”, caiando apenas nas meias-finais, com a Espanha, no desempate por penáltis, sendo que “o grupo era basicamente o mesmo”.

“É como ir do céu ao inferno. É como estar lá em cima e [pensar que] ‘não, isto não aconteceu’. Mas a verdade é essa. E, depois, tens de vir para casa e ver os outros a jogar, em casa, que é isso que te mata, pensar [que] ‘nós podíamos estar ali’”, descreveu João Pereira.

Portugal foi eliminado do Mundial2014, no Brasil, após perder com a Alemanha (0-4), empatar com os Estados Unidos (2-2) e vencer apenas o Gana (2-1) nos três jogos disputados no Grupo G.

Essa é, ainda hoje, “uma mágoa” no percurso do antigo jogador, que representou a seleção portuguesa em 40 encontros, entre 2010 e 2014.

“Estive num Mundial, mas não tenho esse orgulho de dizer que estive no Mundial e fizemos uma boa prestação. Não. É uma mágoa que tenho na minha carreira. É não ter ganho muitos títulos e essa, de não ter passado a fase de grupos num Mundial”, disse à agência Lusa.

Sobre os motivos para o insucesso dessa seleção, João Pereira assume que “a responsabilidade parte dos jogadores”, mas recusa apontar o dedo a alguém, uma vez que “todas as pessoas que estiveram integradas na seleção, todos os departamentos, tentaram fazer o melhor”.

“Depois de as coisas acontecerem, é fácil encontrar desculpas e culpados. Na altura, acredito que todas as pessoas fizeram o melhor para nós. E nós, jogadores, também tentámos fazer o melhor para representar o nosso país, [mas] o facto é que as coisas não correram da melhor maneira”, lamentou.

Ainda segundo o antigo jogador de Benfica, Sporting de Braga e Sporting, se Portugal tivesse ganho o jogo contra os Estados Unidos “a conversa seria totalmente diferente”, até porque não foi a derrota com a Alemanha a decidir o destino da seleção.

“Claro que é um choque chegarmos a pensar que podemos chegar longe, como chegámos no Europeu [2012], e de repente vemo-nos a perder 4-0. Mas estávamos perfeitamente em condições de ser apurados”, comentou.

É que o grupo liderado por Paulo Bento já tinha “passado por momentos tão difíceis” para estar “presente nas grandes competições” e era precisamente “nesses momentos que, às vezes, aparecia o melhor” da equipa.

“E não foi o jogo da Alemanha que nos deitou abaixo. [Pensámos que] ‘não, nós vamos conseguir, temos dois jogos, vamos conseguir o apuramento. Mesmo, depois de termos empatado com os EUA, fomos para o último jogo com hipóteses de ser apurados. Tentámos, tentámos, acabámos com uma vitória, mas não serviu”, recordou o agora treinador dos escalões de formação do Sporting.

Formado no Benfica, onde fez a primeira época de sénior, na equipa principal, em 2003/04, João Pereira representou ainda o Gil Vicente, o Sporting de Braga, e o Sporting, onde se sagrou campeão nacional em 2020/21, na terceira e última passagem como jogador pelo clube de Alvalade.

Representou a seleção portuguesa em 40 ocasiões, todas sob o comando de Paulo Bento, entre outubro de 2010 e setembro de 2014, tendo sido totalista no Europeu de 2012 e participado em 10 jogos do apuramento para o Mundial de 2014, incluindo os dois encontros do ‘play-off’ com a Suécia.

No Mundial do Brasil2014, João Pereira foi titular nos três encontros, cumpriu os 90 minutos na derrota com a Alemanha (4-0), no empate com os EUA (2-2) e foi substituído aos 61 minutos na vitória sobre o Gana (2-1), que não impediu o afastamento de Portugal na fase de grupos.

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