Responsável israelita chama provocação do Irão a ataque a petroleiro ao largo de Omã

A transportadora Eastern Pacific Shipping, sem adiantar muitos pormenores, limitou-se a indicar terça-feira que um dos seus petroleiros, ligado a um bilionário israelita, tinha sido atingido por um “projétil” quando se encontrava ao largo da costa de Omã, incidente que não causou vítimas ou provocou um derrame de petróleo.

Nas declarações à AFP, o funcionário israelita referiu que o ataque foi realizado por um 'drone' (aparelho voador não tripulado) que, assegurou, “é idêntico” ao que os iranianos vendem à Rússia para serem utilizados na guerra contra a Ucrânia.

“Esta é uma provocação iraniana”, acrescentou, dizendo que o incidente teve a intenção de "atrapalhar" a realização do Campeonato do Mundo de Futebol, que começa no próximo domingo no Qatar.

A agência norte-americana AP cita também um responsável israelita, segundo o qual "há consenso no setor dos serviços secretos e defesa" sobre a autoria.

Esta não é uma “vitória iraniana” sobre Israel, acrescentou, já que o navio visado é “parcialmente propriedade” do empresário israelita Idan Ofer.

Num comunicado, a transportadora Eastern Pacific Shipping, com sede em Singapura num comunicado, indicou que o petroleiro ‘Pacific Zircon’ “foi atingido por um projétil a aproximadamente 150 milhas (241 quilómetros) da costa de Omã” ao início da tarde de terça-feira.

Nenhum membro da tripulação ficou ferido e não houve derrame de combustível, acrescentou a empresa, sublinhando que o casco do navio sofreu “danos ligeiros”.

A 5.ª Frota dos Estados Unidos, com sede no Bahrein, disse à AFP que estava “ciente do incidente”, lembrando que, nos últimos anos, têm acontecido incidentes semelhantes na região.

Em 2021, o Irão também foi acusado de estar por trás de um ataque ao largo de Omã, igualmente com um ‘drone’, a um petroleiro administrado por uma empresa de um milionário israelita, que causou a morte a um segurança britânico e a um tripulante romeno.