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Crónica: Arábia Saudita coloca Argentina 'fora de jogo'

A Arábia Saudita conseguiu hoje uma sensacional e ‘escandalosa’ vitória por 2-1 sobre a Argentina, que não perdia há mais de três anos e 36 jogos, num embate do Grupo C em que começou, praticamente, a perder.

Crónica: Arábia Saudita coloca Argentina 'fora de jogo'

Um penálti de VAR, que descortinou uma falta de Abdulhamid sobre Paredes, permitiu a Lionel Messi dar vantagem à Argentina, logo aos 10 minutos, mas, depois de resistirem até ao intervalo, os sauditas deram a volta no início da segunda parte.

Nas poucas vezes que alvejou a baliza de Emiliano Martínez, o conjunto do francês Hervé Renard foi eficaz, com Saleh Al Shehri a empatar aos 48 minutos, e Salem Al Dwasari a selar a reviravolta, com um golo para a posteridade, aos 53.

De repente a perder, e sem perceber muito bem o que lhe estava a acontecer, a Argentina, que tinha como ‘certo’ que iria igualar o recorde mundial da Itália de 37 jogos seguidos sem perder, atacou, depois, muito, mas raramente bem, perante uma Arábia Saudita que foi ‘heroica’ na arte de segurar a vantagem.

Com este inesperado resultado, a Argentina, que era a clara favorita a vencer o agrupamento, e é candidata ao título, fica, desde já, numa situação muito delicada, sem margem de manobra, num grupo ainda com México e Polónia, enquanto os asiáticos entram, surpreendentemente, na corrida ao apuramento.

O encontro começou com o domínio esperado da Argentina, com Messi a ameaçar logo aos dois minutos e a marcar aos 10, de grande penalidade, com classe, para a direita de Al Owais, que caiu para a esquerda, depois do VAR descortinar falta na área sobre Paredes.

Em desvantagem, a Arábia Saudita impôs uma defesa muito avançada, por vezes quase em cima do meio-campo, assumindo um grande risco, mas numa estratégia que dificultou muito a tarefa aos argentinos, que foram tentando passes para as costas da defesa, mas caindo em sucessivos fora de jogo.

Por mais ou menos centímetros, Messi, aos 22 minutos, e Lautaro Martínez, aos 27 e 35, marcaram, mas viram os seus tentos ser anulados por posição irregular, sendo que o primeiro do avançado do Inter de Milão terá sido por poucos milímetros.

Além destas jogadas, destaque apenas para remates muito por cima de Papu Gómez, aos 20 minutos, e De Paul, aos 42, isto perante uma Arábia Saudita que nunca deixou de tentar atacar, mas nunca esteve sequer perto de incomodar Emiliano Martínez.

O início da segunda parte trouxe o que não se esperava e marcou completamente o jogo, com o conjunto asiático a conseguir dois golos de ‘rajada’.

Logo aos 48 minutos, e depois de roubarem a bola a Messi junto ao meio-campo, os sauditas lançaram-se no ataque, com Al Buraikan a desmarcar Saleh Al Shehri, que ganhou na raça a Romero e colocou a bola fora do alcance do guarda-redes argentino.

A formação sul-americana ficou algo ‘atordoada’ e, aos 53 minutos, Romero ainda deteve de cabeça um ‘tiro’ de Al Abid, mas, de imediato, Salem Al Dawsari ganhou a Molina, desviou-se de vários defesas e fez uma grande remate, com a bola a entrar junto ao poste esquerdo de Emiliano Martínez, que ainda lhe tocou.

Num ápice, a Arábia Saudita estava na frente e, embora ainda com muito tempo para jogar, renovou a ‘alma’, enquanto, do banco, o selecionador argentino, Lionel Scaloni, respondeu com as entradas de Lisandro Martínez, Álvarez e do benfiquista Enzo Fernández – o também ‘encarnado’ Otamendi jogou os 90 minutos.

Tagliafico, que seria substituído por Acuña, esteve perto de empatar, após um canto, aos 63 minutos, Di María rematou fraco, aos 72, Lautaro chegou atrasado, aos 74, Messi atirou um livre por cima, aos 81, e cabeceou à figura do guarda-redes, aos 84, tal como Álvarez, aos 90+11.

O árbitro esloveno foi prolongando o encontro, que esteve muito tempo parado nos descontos depois de Yasser Al Shahrani ser ‘abalroado’ pelo ‘seu’ guarda-redes, mas os sauditas aguentaram-se estoicamente, segurando um triunfo para a ‘lenda’.

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