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Benfica campeão: Cabo-verdianos cobram promessa a Rui Costa

Centenas de cabo-verdianos saíram hoje às ruas da Praia para comemorar a vitória do Benfica no campeonato português e futebol, cobrando, ao som de música e fogo-de-artifício, a promessa do ex-presidente Luís Filipe Vieira, de festejar o 38.º em Cabo Verde.

Benfica campeão: Cabo-verdianos cobram promessa a Rui Costa

“O Rui Costa tem de cumprir a promessa e vir cá a Cabo Verde. O Luís Filipe [Vieira] tinha dito que vinha a Cabo Verde, agora acho que o presidente Rui Costa devia vir. Estamos à espera”, afirmou à Lusa Pedro Cardoso, de 70 anos, músico cabo-verdiano e um dos muitos benfiquistas que se juntaram no largo Eusébio Silva Ferreira, bairro de Achada de Santo António, no centro da Praia, para assistir ao jogo com o Santa Clara, que carimbou o título para o Benfica.

“Já estávamos à espera da vitória do Benfica”, atirou, por entre os festejos, pouco antes de subir ao palco, ao som do tema “Benfica é o maior”, de 2017, que incluiu num dos seus álbuns, animando o largo conhecido como o “Marquês do Pombal de Cabo Verde”, após a vitória (3-0) sobre o Santa Clara.

Em setembro de 2019, após a conquista do campeonato nacional português, e no mesmo local, o então presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, prometeu, na cidade da Praia, levar a equipa principal de futebol a Cabo Verde para festejar o 38.º campeonato.

"O Benfica assume um compromisso com Cabo Verde, na próxima conquista do 38, e tudo faremos para que seja já nesta época, após os festejos no Marquês de Pombal, iremos fretar um avião e trazer a nossa equipa para festejar em Cabo Verde", prometeu o então líder benfiquista.

Uma promessa que Lumumba Barbosa, presidente da casa do Benfica da Praia, inaugurada precisamente em 2019, naquele largo, não esquece: “Seria uma das maiores festas que o Benfica já fez na lusofonia”.

“Já falei com o presidente Rui Costa sobre essa questão. Pode não ser possível, porque a ideia era sair de lá direto para aqui. Vamos ver se é possível trazermos alguns jogadores do plantel principal para comemorar connosco, num outro dia, numa outra festa, aqui na Praia”, disse à Lusa, ainda, o presidente da casa do Benfica na capital cabo-verdiana, palco central dos festejos de hoje.

No local, em pleno largo que desde 2018 tem o nome do histórico jogador do Benfica, Eusébio, Lumumba Barbosa promete que a festa de hoje será “noite dentro”, com música e a animação em tons de vermelho.

“Aqui é o ‘Marquês’ de Cabo Verde e vamos festejar toda a noite com civismo e grande fair-play”, garantiu, pouco antes do fogo de artíficio tomar conta do bairro, um dos principais da Praia, antes de a festa alargar-se a toda a cidade.

Ainda assim, lamentou “sofrimento” de esperar pela última jornada: “Não era preciso, mas o futebol é assim, já estamos acostumados. Sempre acreditamos e por isso é que organizamos este grande evento”.

Um sofrimento que na hora de festejar, devidamente vestido e com o símbolo da equipa, em madeira, nos braços, o oficial da Polícia Nacional Jerry Correia, de 44 anos, já esqueceu.

“Esta festa, na última jornada, tem mais sabor, apesar de a podermos ter feito mais cedo. Assim o adversário sofreu mais”, referiu.

O cabo-verdiano promete festa toda a noite, até porque, afirma, o “Benfica está no sangue” da família.

“O meu pai contava-me a história do Eusébio, do Coluna, do Chalana, em casa. Não podia ser diferente”, atira, enquanto insiste, também, na cobrança da promessa que toma conta dos cabo-verdianos nesta hora: “Prometeram que vinham aqui, estamos à espera do presidente Rui Costa para o Benfica vir festejar aqui em Cabo Verde, um país que tem muitos benfiquistas”.

Por entre a festa no ‘Marquês de Cabo Verde’, José Gonçalves, designer de 29 anos, não esconde que tem Pepe, central do FC Porto, como ídolo, pela “entrega” em campo, ou não fosse ele também jogador e central.

Ainda assim, as camisas vermelhas com o 38.º título inscritas que guarda na mochila levaram-no a procurar negócio na maré vermelha da Praia.

“Vim para fazer negócio, porque tenho estas camisas para vender. Apesar de eu ser portista, eu vi uma oportunidade de ganhar o pão para o meu filho”, contou, à conversa com a Lusa.

“Foi um campeonato muito intenso, foi até à última. Mas foi melhor assim. O FC Porto estava a dez pontos, reduziu para sete, para dois, e agora não tem mais nada a fazer. Encheu-nos de orgulho”, acrescentou, admitindo que não tinha plano B para esta tarde, ou seja, camisolas do FC Porto para vender.

“Não tinha porque já tinha a perspetiva do jogo. O Santa Clara é uma equipa muito fraca, já despromovida”, atirou.

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