Crónica: Sub-21 de Portugal cumprem mínimos e vencem Andorra

Henrique Araújo adiantou Portugal aos 32 minutos, fixando o resultado ao intervalo. Fábio Silva, aos 60, e Tiago Tomás, 71, também marcaram para o combinado luso, num jogo de sentido único, mas raramente bem jogado, devido em grande medida à estratégia ultradefensiva de Andorra.

Com este resultado, Portugal ascendeu ao segundo lugar, com os mesmos três pontos de Bielorrússia e Andorra, ambos com quatro jogos disputados, num grupo por agora liderado pelas Ilhas Faroé, com quatro (em dois jogos).

A equipa lusa iniciava a qualificação frente a um adversário inferior, mas moralizado pelos três pontos somados em outros tantos jogos, e, como se esperava, o jogo teve como único sentido a baliza de Andorra.

Ao contrário do histórico de confrontos e de qualificações anteriores, Portugal sentiu muitas dificuldades face à estratégia montada por Eloy Casals, que apresentou Andorra num bloco baixo, com uma linha de cinco escudada por três elementos e outros dois ligeiramente mais à frente, mas muito próximos, retirando espaços.

Sem imprimir muita velocidade na circulação de bola, Portugal conseguia jogar para trás e para o lado, e apenas João Neves (de frente para o jogo e numa velocidade acima dos restantes) e, esporadicamente, Samuel Soares, neste caso em lançamentos longos desde a área, procuravam desequilibrar o bloco de Andorra.

O registo sensaborão e sonolento do jogo prolongou-se até aos 31 minutos, altura em que Paulo Bernardo falhou na pequena área a emenda a um cruzamento da direita, antecipando o golo de Henrique Araújo, no minuto seguinte.

João Neves descobriu Paulo Bernardo nas costas da defesa, mas o remate à meia volta esbarrou no ‘ferro’, com Fábio Silva, na recarga, a servir de calcanhar Henrique Araújo, para uma finalização fácil.

O efeito do golo na motivação dos jogadores lusos durou pouco e foi preciso esperar pelos descontos para os presentes no estádio se fazerem ouvir na eminência de novo golo, que o guarda-redes Marc De Castro negou a Fábio Silva e, na recarga, a Henrique Araújo.

Pedro Santos e Carlos Borges entraram no início do segundo tempo, em substituição de Tiago Santos e Mateus Fernandes, com Portugal a manter a posse de bola e a iniciativa e Andorra, com a fadiga a pesar, a defender como podia.

Sem surpresa, Portugal voltou a marcar por Fábio Silva, aos 60 minutos, com um remate cruzado da esquerda, num lance que contou ainda com a participação de Carlos Borges, no início, e Vasco Sousa, na assistência.

Tiago Tomás entrou aos 70 minutos e na primeira intervenção no jogo, um minuto depois, fez o terceiro, de cabeça, e por pouco ‘bisava’, aos 77, antes de Diego Moreira, outro dos suplentes utilizados, acertar no ‘ferro’ da baliza de Andorra, num final de jogo mais movimentado.