"Hjulmand sabe agora que existem mais coisas num jogo do que correr atrás do adversário"

Através de um artigo de opinião publicado esta terça feira no jornal 'O Jogo', Freitas Lobo comparou Hjulmand a João Neves, médio do Benfica, observando que ambos desempenham funções semelhantes.

Freitas Lobo argumentou que, enquanto Hjulmand costumava ser um jogador de marcação e recuperação quando atuava no Lecce, antiga equipa do médio, ele agora joga em numa equipa maior, com maior posse de bola e tempo de ataque. Isso permite que Hjulmand jogue mais próximo da baliza adversária e até tenha mais remates do que o habitual.

"Numa equipa pequena italiana como o Lecce, ele era sobretudo um soldado de marcação/recuperação. Natural, em função do tanto tempo (a maioria do jogo) que passava atrás a defender", começou por afirmar o comentador.

"Agora, numa equipa grande, com posse de bola, quase sempre a atacar, ele pode jogar mais perto da baliza adversária e até rematar. Além do jogo e do golo, pressentiu-se essa sua alegria pela descoberta que existiam mais coisas num jogo de futebol do que correr atrás do adversário", acrescentou.

No entanto, Freitas Lobo enfatizou a necessidade de melhorar a capacidade de Hjulmand no processo defensivo, incluindo a antecipação dos movimentos dos adversários e a capacidade de travá-los antes que se tornem uma ameaça para a defesa leonina.

"Ao contrário do que pode ser mais fácil dizer, em face do seu passado e como vinha rotulado, onde Hjulmand tem de melhorar mais é a defender. Como? Entre outros aspetos, num simples: antecipar os adversários e não esperar por eles para os travar. Como Amorim dizia que fazia Ugarte, 'ir buscá-los, estejam onde estiverem'", rematou Luís Freitas Lobo.