"Os avançados do Benfica não eram tão maus anteriormente nem passaram a ser estrelas agora"

"Os jogadores acabaram de chegar, é preciso tempo para se adaptarem ao esquema do treinador"

A falta de eficácia dos avançados tem sido um ponto de preocupação para o atual campeão nacional, levando o técnico alemão a adotar uma abordagem de rotação no ataque.

A chegada à Luz de reforços sonantes como Arthur Cabral e Marcos Leonardo gerou expectativas entre os adeptos benfiquistas, mas a implementação desse sistema pelo técnico alemão tem suscitado debates e perplexidade entre as demais figuras ligadas ao Benfica.

Desde o início da época, Roger Schmidt tem optado por uma política de rotação, alternando entre os vários avançados disponíveis no plantel.

No entanto, a omissão de Petar Musa (croata que está de saída da Luz para rumar aos Estados Unidos) na convocatória para o jogo contra o Estrela da Amadora chamou a atenção, abrindo espaço para a titularidade de Arthur Cabral.

O avançado brasileiro não desapontou, tendo marcado um golo espetacular de bicicleta e contribuindo, na altura, para o empate das águias.

O compatriota Marcos Leonardo também deixou a sua marca no encontro, somando três golos em quatro jogos pelo Benfica desde a sua chegada no mercado de janeiro.

"Parece agora que o Benfica consegue fazer golos"

Face a esta rotação promovida por Schmidt, António Simões, figura lendária do Benfica, fez saber a sua opinião sobre os avançados do das águias, destacando a dificuldade de ser um goleador e ressaltando que o processo de adaptação ao esquema do treinador leva o seu tempo.

"Isto não é uma questão de sorte ou azar. Parece fácil fazer golo, mas é algo difícil. Está lá uma coisa com 7,15 metros e um guarda-redes. São raros os que têm a arte de se tornarem goleadores", começou por dizer o antigo internacional português, citado pelo site 'Glorioso1904'.

"Mas os avançados do Benfica não eram tão maus anteriormente nem passaram a ser estrelas agora"

"Os jogadores acabaram de chegar, é preciso tempo para se adaptarem ao esquema do treinador. Parece agora que o Benfica consegue fazer golos e que o índice de aproveitamento, tendo em conta o número de oportunidades, aumentou", acrescentou António Simões.

O antigo jogador também elogiou a capacidade recente da equipa em converter oportunidades em golos, indicando uma melhoria no índice de aproveitamento.

"E isso é muito bom. Às vezes a equipa joga bem e não faz golo e cansa-se de jogar bem. Mas os golos são sempre o tónico para se jogar melhor, ou manter o nível de exibição que não se traduz nos golos. E é muito difícil os golos começarem a aparecer", rematou.