"Não tivemos a comunicação social presente nem garagens para angariações de assinaturas"

"Este é um ato raro, eu ter a comunicação social nesta candidatura", critica Nuno Lobo.

Este período pré-eleitoral tem sido marcado por debates intensos e trocas de acusações entre os principais concorrentes, refletindo as divergências de opinião sobre o rumo futuro da instituição azul e branca.

Após as candidaturas de Pinto da Costa e André Villas-Boas serem oficializadas, Nuno Lobo, empresário e professor, entrou na esta quinta feira, de forma oficial, na corrida pela presidência do clube da Invicta, apresentando a sua lista à Mesa da Assembleia Geral dos dragões.

O ato de formalização da candidatura ocorreu no museu do clube, onde Nuno Lobo entregou 330 assinaturas necessárias e os nomes dos cabeças de lista para os órgãos sociais do FC Porto.

"Não estou cá para meter gasolina para a fogueira"

Durante a entrega da candidatura, Nuno Lobo expressou dificuldades no processo de recolha de assinaturas, destacando a ausência de cobertura da imprensa nacional e de espaços adequados para angariar o apoio dos sócios.

"Não foi um processo fácil. Não tivemos a comunicação social presente, nunca esteve presente, e depois também não tivemos sedes ou garagens para angariações de assinaturas. Foi um trabalho, foi um processo moroso", começou por dizer Lobo, citado pelo jornal 'Record'.

O agora candidato assumido salientou a importância da imparcialidade da comunicação social neste processo eleitoral, lamentando a predominância do destaque dado às candidaturas de Pinto da Costa e André Villas-Boas.

"Este é um ato raro, eu ter a comunicação social nesta candidatura, ou seja, tenho assistido neste processo de eleições do FC Porto a um processo em que a comunicação tem dado só relevo a duas candidaturas, ao sr. Presidente Pinto da Costa e ao sr. André Villas-Boas", lamentou o sócio portista.

"Ou seja, umas eleições caracterizadas pela bipolarização de duas candidaturas e também pelo mediatismo destas duas figuras e por isso espero que a comunicação social tenha um papel imparcial no decurso destas eleições", criticou.

A candidatura de Nuno Lobo apresenta ainda Luís Barradas e Heleno Roseira como cabeças de lista à Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal e Disciplinar.

Recorde-se que, esta dupla já havia apoiado a candidatura de Nuno Lobo nas eleições de 2020, onde o empresário obteve 4,91% dos votos, ficando atrás de Pinto da Costa e José Fernando Rio.

Nuno Lobo enfatizou o seu compromisso com o FC Porto, garantindo disponibilidade para servir o clube independentemente do resultado eleitoral.

"Não estou cá para meter gasolina para a fogueira, mas há uma coisa que garanto: estou e estarei sempre disponível para voltar ao FC Porto. Se for preciso, aqui estaremos outra vez em 2028 para servir o FC Porto, aconteça o que acontecer nestas próximas eleições", afirmou Lobo.

"O nosso único interesse é que o clube ganhe. Sou associado, fui habituado a fazer parte de um FC Porto ganhador e é assim que quero continuar a manter o clube", observou.

O candidato destacou ainda a importância da sustentabilidade e do sucesso desportivo, referindo que o seu programa para o clube foi aprimorado com 50 novas propostas desde 2020.

"Pretendo sustentabilidade e sucesso desportivo. Temos um programa que já vem desde 2020, mas que foi melhorado com mais 50 propostas. A minha maior felicidade é ver os outros candidatos a falarem daquilo que já defendíamos em 2020", rematou Nuno Lobo.

Com a formalização da candidatura de Nuno Lobo, o cenário eleitoral do FC Porto fica mais completo, com três candidatos a disputarem a liderança do clube da Invicta.

O resultado das eleições, marcada para o próximo mês, terá impacto significativo no futuro da instituição azul e branca e na sua trajetória desportiva e financeira.