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Laurentino Dias assegura que inquérito será de «conhecimento público»

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto assegurou hoje que o processo de inquérito ao selecionador de futebol Carlos Queiroz “será de integral conhecimento público” quando estiver terminado, afirmando que nessa altura se pronunciará.

Laurentino Dias assegura que inquérito será de «conhecimento público»

“[No fundo] tudo o que está relacionado com a seleção nacional de futebol é de interesse público e os cidadãos têm direito a conhecer o processo de forma clara e transparente. Asseguro que o que está no processo será de integral conhecimento público”, disse Laurentino Dias em declarações à Agência Lusa.

Laurentino Dias lembrou que a primeira declaração que fez sobre o assunto foi “simples”, já que, no seu entender, havia “relatos de factos graves” que tinham de ser enviados para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O governante proferiu estas declarações à margem da apresentação dos Campeonatos da Europa de remo, que se disputam em setembro em Montemor-o-Velho.

“Posso ler e ouvir muitas imprecisões, muitas inverdades, muitas insinuações, muitas afirmações perfeitamente gratuitas e até ridículas, mas ninguém me ouvirá nenhum comentário, nesta fase de inquérito”, frisou Laurentino Dias.

Reiterando o que disse antes do início do Mundial de futebol da África do Sul, recordou a sua frase “falem menos e trabalhem mais”, justificando que é isso que as pessoas esperam “de quem exerce funções de responsabilidade”.

“Nunca ninguém me ouvirá nenhuma declaração sobre a matéria do processo, até haver uma decisão pública sobre o mesmo”, sublinhou, avançando que respeita os organismos que vão tomar a decisão “e que a tomam de forma livre”.

Em entrevista hoje publicada no semanário Expresso, Carlos Queiroz avança que a sua relação com o presidente da FPF, Gilberto Madail, está “perfeita”, apesar do processo disciplinar contra si que decorre no Conselho de Disciplina do organismo.

Já o mesmo não acontece com o vice-presidente Amândio de Carvalho, uma das únicas pessoas de quem não lhe chegam “sinais de total confiança e de solidariedade”, de acordo com o selecionador nacional.

Na entrevista, Carlos Queiroz expressa ter a “sensação, desagradável” de “não merecer a confiança da Secretaria de Estado do Desporto para ser ouvido no processo”, considerando que Laurentino Dias se “terá precipitado na forma como apreciou publicamente uma fuga de informação”.

Para o selecionador nacional o processo de inquérito “parece” ter contornos políticos, mas promete lutar “até às últimas consequências em nome da verdade, da honra e da reputação”.

Queiroz garante na entrevista que não foge, nem desiste: “Só saio daqui morto. Não me intimidam. Posso sair morto, mas não me intimidam”, esclarece.

O Conselho de Justiça da FPF instaurou o processo disciplinar na sequência de uma participação do Instituto do Desporto, segundo a qual Carlos Queiroz terá insultado elementos da autoridade antidopagem que realizavam um controlo aos futebolistas da seleção no estágio realizado na Covilhã, antes do Mundial.

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