Liga Zon Sagres: Campeão FC Porto em poupança, mas objetivo e eficaz

Com o triunfo, conseguido com uma forte dose de objetividade, os campeões nacionais acabaram a Liga 2010/11 sem derrotas, igualando assim a façanha do Benfica, de Jimmy Hagan, na época 1972/73.

Frente aos madeirenses, a equipa de André Villas-Boas obteve o 27.º triunfo no campeonato, que, somado aos três empates, permitiram que os portistas concluíssem a prova com 84 pontos, mais 21 do que o Benfica, segundo classificado.

Apesar de derrotado, o Marítimo conseguiu acabar o campeonato na nona posição, com 35 pontos, mas longe do objetivo Europa a que a equipa se propôs no início da época.

Em vésperas da final da Liga Europa, quarta-feira, em Dublin, frente ao Sporting de Braga, o treinador portista fez algumas poupanças, fazendo descansar boa parte dos habituais titulares, sobretudo ao nível do meio-campo e do ataque.

No Marítimo, Pedro Martins fez regressar Robson, Roberge e Kléber à equipa.

Os madeirenses entraram bem na partida e, aos 14 minutos, Djalma deu o primeiro sinal de perigo, num remate que saiu por cima da baliza de Beto, titular no lugar de Helton.

O FC Porto equilibrou o jogo e, aos 20 minutos, colocou-se em vantagem, num lance em que Guarín meteu a bola nas costas da defesa madeirense, onde surgiu Silvestre Varela a fazer de cabeça o primeiro golo.

Aos 31 minutos, os “dragões” ampliaram a vantagem: James Rodriguez cruzou na esquerda e Walter antecipou-se à defesa madeirense batendo Marcelo pela segunda vez.

A vantagem da equipa de André Vilas-Boas ao intervalo traduzia-se fundamentalmente na eficácia revelada.

Na segunda parte, o Marítimo entrou melhor que o campeão e Benachour, aos 46 minutos, perdeu a oportunidade de fazer o golo, quando surgiu em boa posição na área, preferindo atirar em jeito, mas por cima do travessão.

Aos 48 minutos, Baba serviu Djalma e o angolano isolado atirou para a defesa de Beto.

No minuto seguinte, Baba também poderia ter marcado, num remate frontal que o guarda-redes portista desviou com o pé. Na recarga, o senegalês não conseguiu emendar.

Numa fase em que os portistas começaram a pensar com mais intensidade na final de Dublin, já com Sereno e Belluschi no jogo, os madeirenses exploravam de forma mais evidente a possibilidade de reduzirem a desvantagem.

Apesar das oportunidades criadas pelo Marítimo, os lances de ataque iam sendo sistematicamente desaproveitados, face a uma deficiente finalização dos avançados.

Exemplo disso, aos 81 minutos, Baba voltou a desperdiçar nova oportunidade, num lance frente a Beto, com o guarda redes portista a fazer defesa de recurso.

Com o jogo na fase final e já com o desfecho definido, as equipas “queimaram” os minutos e na bancada os adeptos portistas festejaram efusivamente o 25.º título.