Pedro Proença é o segundo árbitro português na final da principal prova

Aos 41 anos, quando arbitrar a final que opõe o Bayern de Munique ao Chelsea na Arena de Munique, no sábado, às 19:45, Proença dá um passo mais em relação à última época, na qual mereceu a confiança da UEFA para um jogo das meias-finais, entre Manchester United-Schalke 04.

Proença será o primeiro árbitro português na final do formato Liga dos Campeões, mas repete a proeza conseguida por António Garrido na mais importante prova de clubes da UEFA já no longínquo ano de 1980, quando dirigiu a final da então designada Taça dos Clubes Campeões Europeus, entre Nottingham Forest e Hamburgo, que os ingleses ganharam por 1-0, no estádio Santiago Bernabéu.

Na Arena de Munique, Pedro Proença terá como árbitros assistentes Bertino Miranda e Ricardo Santos, a dupla que habitualmente o acompanha.

Os árbitros internacionais portugueses Jorge Sousa e Duarte Gomes serão os árbitros assistentes suplementares, enquanto o espanhol Carlos Velasco Carballo estará em Munique como quarto árbitro.

Internacional desde 2003, foi em 2004 que Pedro Proença se estreou em jogos da União Europeia de Futebol, numa partida da Taça UEFA entre os gregos do AEK e os eslovenos do Gorica.

A ascensão foi rápida e, nesse mesmo ano, o árbitro de Lisboa apitou três jogos no Europeu de sub-19, entre os quais a final.

O diretor financeiro tem tido presença regular nos jogos europeus e além de ser uma escolha habitual da UEFA, onde chegou à elite em 2009/10, integra também a lista de 12 árbitros que estarão no Euro2012 de futebol.

No fim de semana, depois de dirigir um jogo da Liga de Honra, Pedro Proença deixou no ar a possibilidade de ser o escolhido: “Tenho ordens da UEFA para não falar, mas acho que a minha resposta diz tudo”, afirmou.

A nível, nacional o árbitro lisboeta, que foi o primeiro classificado nas épocas de 2006/07, 2009/10 e 2010/11, divide opiniões e tem sido criticado, sobretudo pelo Benfica, com o clube “encarnado” a ter algumas queixas.

Em 2009, num jogo entre FC Porto e Benfica, que os “encarnados” venciam, o juiz de Lisboa assinalou uma grande penalidade inexistente a favor dos “dragões” e mais tarde viria a reconhecer no relatório o engano no lance, por simulação de um jogador.

Com alegada simpatia clubística pelo Benfica, Proença chegou mesmo a ser agredido alegadamente por um adepto do clube “encarnado”, numa zona comercial nas proximidades do Estádio da Luz.

Mais recentemente, esta época, a contestação do Benfica ao árbitro e ao seu auxiliar Ricardo Santos, voltou a subir de tom, quando no jogo entre Benfica e FC Porto, que definia a liderança da Liga, a equipa de arbitragem validou um golo irregular, por fora de jogo, que deu a vitória aos “dragões” (3-2).