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Investidores estrangeiros: Os novos donos da bola

Existe uma nova ordem no futebol mundial: os multimilionários. Do Chelsea ao Manchester City, passando pelo Málaga e, mais recentemente, o PSG, são vários os clubes que se abriram aos investimentos estrangeiros. Em época de crise, o futebol não foge à regra e os seus clubes procuram soluções para conseguirem manter a competitividade.

Investidores estrangeiros: Os novos donos da bola

Assim, o mundo do futebol tem vindo a mudar. São já inúmeros os exemplos de clubes que foram adquiridos por multimilionários. Roman Abramovich comprou o Chelsea em Junho de 2003 e investiu, desde então, quantias astronómicas para fazer do clube londrino um dos mais competitivos e premiados da Europa. A recente conquista da Liga dos Campeões é a cereja no topo do bolo do russo. Também em Inglaterra, City e United são detidos por investidores estrangeiros. No caso do United é a família Glazer. Em relação ao seu rival e vizinho, o Manchester City pertence ao Sheik Mansour e é, em parte, graças aos seus petrodólares que os citizens acabaram de se sagrar campeões de Inglaterra, 44 anos depois.

No entanto, nem todos os investimentos feitos por milionários são contos de fadas. Recentemente veio a público a notícia da compra do Cardiff, clube do País de Gales, por investidores malaios. Até aqui tudo estaria muito bem , o pior veio quando estes começaram a fazer algumas exigências. Por exemplo, trocar a cor da camisola do Cardiff de azul para... vermelho. Para que possamos imaginar a amplitude do pedido, é como se um investidor estrangeiro pedisse ao Benfica para passar a vestir de azul ou ao FC Porto de vermelho. Outra exigência prendia-se com a alteraçã do emblema, onde este passaria a ostentar um dragão em vez do pássaro tradicional. Mais grave se torna a situação quando sabemos que os adeptos do Cardiff são conhecidos pelos Blue Birds. A justificação para tais exigências foi a de que o clube poderia ter assim mais potencial de merchandising no mercado asiático. Num clube com 104 anos de história, este é o reverso da medalha. Os investidores só se preocupam com o lucro e não se importam com as raízes e o património cultural do clube.

Também a nível desportivo as regras alteram-se. Como competir com clubes que têm um orçamento de 200 ou 300 milhões? Ontem, o mundo do futebol foi surpreendido com a notícia da venda de Ibrahimovic e Thiago Silva para o Paris Saint Germain (PSG). O clube da capital francesa é o “novo rico” do futebol mundial. O seu dono, o também multimilionário Nasser Al-Kelhaifi pretende fazer, na próxima década, do PSG uma das equipas de topo do futebol europeu. A continuar neste ritmo será muito difícil competir com clubes como este. O Montpellier conseguiu esse milagre na última temporada, feito que parece difícil de repetir. No entanto, fica uma pergunta no ar. Que futuro terão estes clubes quando os seus investidores se fartarem de gastar dinheiro e deixarem os clubes mergulhados em dívidas astronómicas? Neste aspecto, clubes ricos e pobres não são diferentes, por isso o futuro parece ser muito incerto.

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