O Benfica adiantou-se hoje nos 16 avos de final da Liga Europa de futebol, ao vencer em Leverkusen os alemães do Bayer por 1-0, em jogo da primeira mão da eliminatória.
O paraguaio, que voltou a mostrar dar-se bem com o frio, ao decidir a partida de hoje, disputada sob neve, depois de já ter marcado em pleno inverno em cidades como São Peterburgo, Donetsk e Estugarda, assinou o tento solitário da partida aos 61 minutos, curiosamente no melhor período dos locais, e colocou o Benfica com “um pé” nos oitavos de final.
A última vitória “fora” do Benfica em jogos das competições europeias havia sido alcançada em outubro de 2011, em Basileia, em jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões – com Cardozo a marcar igualmente então um golo, no triunfo por 2-0 -, tendo-se seguido seis deslocações sem vitórias.
Fundamental também para a vitória do Benfica, num estádio que se está a tornar um verdadeiro talismã – o Benfica jogou hoje pela segunda vez em Leverkusen, depois do memorável empate 4-4 que há 19 anos valeu o acesso às meias-finais da Taça das Taças –, foi outro paraguaio, o lateral Melgarejo, que “segurou” o triunfo nos últimos segundos, ao tirar de cabeça, sobre a linha, uma bola que ia entrar na baliza “encarnada”, com o guarda-redes Artur já batido.
Depois de, na véspera, ter reiterado que a grande prioridade do Benfica é o campeonato, e que iria ter hoje em mente o facto de a sua equipa voltar a jogar já no domingo, frente à Académica, Jorge Jesus procedeu de facto a algumas poupanças, “sentando” no banco de suplentes Maxi Pereira, Enzo Peréz, Sálvio, Lima e Rodrigo, titulares frente ao Nacional (1-1), no último domingo, colocando no “onze” André Almeida, André Gomes, Ola John, Gaitan e Cardozo.
Do outro lado, contudo, o Bayer Leverkusen também “poupou” vários titulares, e a primeira parte foi extremamente pobre, com os dois conjuntos a parecerem confirmar no relvado a teoria de que, de facto, têm outras prioridades, que não a Liga Europa.
Nos primeiros 45 minutos, pertenceu ao Benfica a única verdadeira ocasião de golo, com André Almeida a rematar à entrada da área, após assistência de Ola John, fazendo a bola passar centímetros acima da barra.
A segunda parte foi mais animada, e depois de Kadlec falhar incrivelmente o golo para o Bayer Leverkusen, na sequência de um lance confuso na área “encarnada” após a marcação de um canto (60 minutos), o Benfica, na resposta, chegou ao golo, numa jogada de contra-ataque, com André Almeida a servir Cardozo e este, no interior da grande área, a marcar um tento de belo efeito, ao “picar” a bola sobre o guarda-redes Leno depois de ter “sentado” o central Schwaab
O Bayer Leverkusen não acusou o golo, e, no seu melhor período do jogo, ameaçou seriamente a baliza do Benfica por diversas vezes, designadamente por intermédio de Hegeler, por duas vezes, (64 e 68 minutos), Rolfes (65), valendo ao Benfica boas intervenções de Artur.
Ola John, aos 69 e 82 minutos, esteve perto de aumentar a vantagem para o Benfica, mas foi o Bayer que esteve a centímetros de alcançar o empate já no final do período de descontos, com Sam a fazer o “chapéu” a Artur, mas Melgarejo a salvar de cabeça, segurando assim a segunda vitória da história do Benfica na Alemanha (após o triunfo em Estugarda, na edição de 2010/11 desta Liga Europa).
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