O Benfica, vindo de um empate com o Belenenses, venceu hoje no terreno do Estoril-Praia, por 2-1, e ascendeu ao terceiro lugar da I Liga de futebol, à passagem da sétima jornada.
Os “encarnados” sobem ao terceiro lugar da I Liga, após uma partida em que pouco fizeram por isso e em que a sorte do jogo esteve do seu lado.
O momento decisivo do jogo aconteceu ao minuto 56, com a expulsão do estorilista Filipe Gonçalves, a tornar muito mais complicada a reação “canarinha” à desvantagem de um golo que vinha do minuto 10.
Foi equilibrada a primeira parte, com algum pendor ofensivo da equipa da casa, mas foi o Benfica quem se adiantou, com o cabeceamento de Lima, solto na área, após centro de Gaitan.
Babanco, de regresso ao “onze” da equipa da casa, após lesão, parece mal batido no lance, ao não disputar a bola com o avançado brasileiro do Benfica.
Lima fez hoje dupla no ataque do Benfica, por opção do treinador, que deixou Cardozo no banco até metade da segunda parte.
A ideia parecia ser conseguir uma linha ofensiva mais rápida e ágil, tirando partido do desgaste do Estoril-Praia, que jogou na quinta-feira para a Liga Europa.
A escolha, no entanto, saiu “furada” e o Benfica foi pouco agressivo nos primeiros 45 minutos, não criando mais oportunidades de golo até o árbitro lhe “oferecer” uma, com uma grande penalidade forçada, já em tempo de compensação.
Um cabeceamento defensivo de Gonçalo embateu no braço de Ruben e o árbitro, Manuel Mota, entendeu que devia apitar para penálti. Na conversão, Vagner defendeu o remate frouxo e denunciado, para a sua esquerda, do avançado brasileiro.
A toada de equilíbrio manteve-se no início da segunda parte, com muita luta no meio campo e o Estoril-Praia claramente à espreita de uma jogada em velocidade.
Depois da expulsão de Filipe Gonçalves, ficou claro que ia ser mais difícil anular a vantagem dos “encarnados”, que entretanto já tinham Cardozo a fazer o aquecimento na lateral.
O esquerdino paraguaio, entrado aos 59 minutos, viria a assinar 12 minutos depois um grande golo, que poderia ter “matado” o jogo – um belo remate de primeira e de pé direito, a centro de Maxi Pereira, com a bola a entrar no canto superior esquerdo da baliza.
Mas ainda não era chegado o tempo de respirar fundo, para o Benfica, já que o Estoril-Praia pouco depois reduziu o marcador e deu tudo por chegar de novo ao empate.
Javier Balboa foi lançado no jogo ao minuto 74 e na primeira jogada em que participou fez o golo, de cabeça, a concluir um pontapé de canto cobrado por Evandro.
O quarto de hora final poderia ter visto o Benfica chegar ao 1-3 (Lima, aos 77 minutos) mas também o Estoril-Praia a empatar (Evandro, aos 90+3).
Os “canarinhos” denunciavam algum cansaço, é certo, só que mostravam também que tinham algum “pulmão”, sobretudo com Balboa, e exibiam ambição até ao fim.
O Benfica não chegou a “tremer”, nessa fase final, isso é indiscutível. No entanto, o balanço dos 90 minutos é claramente de uma equipa que não está tranquila.
O árbitro da partida, Manuel Mota, terá falhado no castigo máximo que assinalou e mostrou cartões amarelos com extrema facilidade – nada menos do que 11, de que decorreram dois vermelhos por acumulação.
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