Liga Zon Sagres: Rio Ave impõe quarta derrota seguida ao Sp. Braga

O único golo da partida no estádio bracarense surgiu aos 59 minutos, num potente e colocado remate de Tarantini de fora da área, que não deu hipóteses de defesa a Eduardo.

O Sporting de Braga vive uma crise de resultados inédita nos anos mais recentes e Jesualdo Ferreira foi uma vez mais colocado em causa pelos adeptos no final da partida.

Por mais que o técnico diga que só têm faltado golos às exibições da equipa, a verdade é que é muito mais do que isso: falta agressividade, dinâmica e uma ideia de jogo.

O atual meio-campo minhoto, zona de onde normalmente o futebol de uma equipa é pensado, tem muito menos qualidade do que aquele que era formado por jogadores como Custódio (sentado no banco), Hugo Viana, Mossoró ou Rúben Amorim.

Depois da derrota caseira com a Académica, a equipa entrou sem conseguir mostrar a confiança que o técnico desejou ver retomar, mas, aos poucos, e beneficiando de um Rio Ave que, na primeira parte, foi incapaz de explorar a intranquilidade minhota, foi tomando conta do jogo e aos 15 minutos dispôs da primeira grande oportunidade de golo.

Após excelente iniciativa individual, Baiano ficou frente a frente com Salin, mas rematou contra o guarda-redes francês.

Aos 25 minutos, Nuno Espírito Santo foi obrigado a mexer na baliza, porque Salin ficou tocado no lance com Baiano, entrando para o seu lugar o brasileiro Ederson, de apenas 20 anos.

A equipa de Vila Conde, que vinha também de uma derrota caseira (Gil Vicente, 1-0), não conseguia ter a bola em sua posse pelo que o "tiro" de Edimar de fora da área, após canto da direita (28), foi uma exceção nos primeiros 45 minutos.

O Braga imprimia pressão alta, muitas vezes sendo Éder ou Rafa os primeiros a recuperarem a bola, mas foi muito perdulário. Aos 31 minutos, Rafa desperdiçou um excelente passe de Mauro e, três minutos depois, Alan rematou frouxo e ao lado, após uma jogada muito confusa em que surgiu sem marcação na área.

Na segunda parte, logo aos 54 minutos, Del Valle prenunciou o golo da equipa forasteira, com um excelente movimento e um remate muito perigoso. Cinco minutos, depois surgiu o grande golo do experiente médio.

Os adeptos "arsenalistas", que já mostravam impaciência nas bancadas, "gelaram" perante a perspetiva da quarta derrota seguida no campeonato e aos apelos do "speaker" para apoiar a equipa responderam com indiferença e alguns assobios.

Jesualdo Ferreira lançou de imediato Hugo Vieira (para o lugar de Rúben Micael, que rubricou mais uma exibição muito apagada) e, mais tarde, Edinho e Pardo, apostando tudo no ataque.

Mas, a equipa fê-lo de forma atabalhoada, criando poucos lances de real perigo, e, no final, saiu muito vaiada pelos adeptos.