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FC Porto: Após a tempestade, um plantel para atacar todas as frentes

Quando Julen Lopetegui foi anunciado como treinador do FC Porto no último mês de maio, assumi as minhas dúvidas em relação à escolha de Pinto da Costa. Contudo, também deixei claro que compreendia a escolha do sucessor de Luís Castro por vários motivos. Um deles seria a influência de Jorge Mendes, empresário do treinador dos dragões, no mercado espanhol e mundial.

FC Porto: Após a tempestade, um plantel para atacar todas as frentes

E é isso que parece estar a acontecer. Julen Lopetegui não possui percurso relevante em equipas seniores (passou pelo Rayo Vallecano em 2003-04 e depois treinou vários escalões jovens da Espanha), mas a sua proximidade com o ‘super agente’ parece estar a trazer reforços de peso para o Estádio de Dragão, após uma época de clara escassez de recursos e falhas graves de planeamento.

O conhecimento de Julen Lopetegui acerca do mercado espanhol, principalmente em relação a jogadores com uma grande margem de evolução, promete tornar o FC Porto muito competitivo: tanto em termos internos como externos. Neste momento, uma vez que terá que ser jogado o ‘play-off’ de acesso à Champions League, o plantel parece praticamente fechado e a confiança reina entre os adeptos azuis e brancos.

Na baliza, o experiente Ricardo (ex-Académica) chegou para fazer concorrência a Fabiano, dado que Helton deverá ficar mais uma temporada para também ajudar na coesão de balneário, em clima de transição, tal como fez Vítor Baía antes do brasileiro ter assumido o posto do antigo internacional luso.

Na defesa, o ganês Opare (ex-Standard Liège, mas produto das escolas do Real Madrid) será agora um indispensável pronto-socorro para Danilo, que pouco descansou na época anterior. Alex Sandro também poderá ser rendido pelo rápido lateral africano quando necessário, sendo que o central Bruno Martins Indi (ex-Feyenoord) está longe de se sentir um corpo estranho no lado canhoto da defesa. Mangala reforçará o Man City e está de saída, Diego Reyes e Abdoulaye Ba procurarão finalmente afirmar-se, enquanto Maicon voltará a ser certamente figura de destaque no eixo.

Na linha intermédia, com a saída de Fernando para o Man City, Casemiro (ex-Real Madrid) chega para fazer esquecer o ‘polvo’. Menos dureza, mas mais perfume nos pés e condução de bola mais cuidada rumo ao ataque. Mikel Agu e Defour poderão render o brasileiro quando necessário. Um pouco à frente, Oliver Torres (ex-Atlético Madrid) chega com selo de craque e Herrera só tem que fazer aquilo que fez com o México no Mundial-2014 para ser titular indiscutível no onze de Lopetegui. Brahimi, Quintero, Evandro e Carlos Eduardo podem ser alternativas de luxo.

Mais à frente, também muita qualidade. Um trio atacante com Ricardo Quaresma, Adrián (ex-Atlético Madrid) e Jackson Martinez mete respeito a qualquer equipa do futebol europeu, mas soluções como Cristian Tello (ex-Barcelona), Sami (ex-Marítimo), Ghilas e Varela (que até pode sair por falta de espaço) mostram muitas soluções de qualidade.

Numa altura em que ainda se fala no espanhol Ivan Marcano (Rubin Kazan) para reforçar a defesa, o FC Porto parece uma equipa com soluções suficientes para reclamar o estatuto de principal candidato ao título na Liga Zon Sagres.

Principalmente, quando o Benfica parece ter regressado aos tempos dos reforços algo duvidosos provenientes do Brasil (sendo que ainda podem sair Nico Gaitán e Enzo Perez) e o Sporting, devido aos problemas financeiros que todos conhecem, não se poderá esticar muito no que resta do mercado de transferências. Depois da tempestade, será que voltará a glória ao Dragão? Parece tudo muito bem encaminhado para que tal aconteça.

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