O presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD do Sporting, João Sampaio, explicou hoje que o ex-administrador Luís Duque não pôde votar em relação uma das propostas que o envolvia diretamente por “razões legais”.
A referida proposta, constante no ponto 10 da ordem de trabalhos, dizia respeito à intenção da atual administração da SAD avançar com uma ação de responsabilidade civil contra o ex-presidente Godinho Lopes, o ex-vice e administrador da SAD Luís Duque, o ex-vogal do Conselho de Administração Nobre Guedes e o ex-diretor desportivo Carlos Freitas.
Em causa estão as renovações dos contratos de Marat Izmailov e Alberto Rodriguez e ainda a contratação de Jéffren, durante o mandato de Godinho Lopes.
“A razão de ser de Luís Duque não ter sido admitido a votar em concreto quanto a esse ponto é uma razão legal, visto que o código das sociedades comerciais diz que está impedido de votar em ações contra si próprio”, explicou João Sampaio, para quem tal medida prevista pelo legislador “é compreensível por existir um conflito de interesses”.
De resto, João Sampaio esclareceu que Luís Duque “foi admitido a votar em todos os outros pontos da ordem de trabalhos” e que foi ele próprio que esclareceu o antigo dirigente "que não votaria por razões decorrentes da Lei".
O presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD informou, ainda, que todas as propostas submetidas foram “aprovadas por unanimidade, exceto a relativa ao assunto Izmailov”, aprovada com um voto contra, num universo que ronda os 350 mil votos, o que significa, em termos de arredondamento estatístico, que “foram quase todas aprovadas por cem por cento dos votos”.