As seleções de Cabo Verde e Gabão, treinadas, respetivamente, por Rui Águas e Jorge Costa, tiveram sortes "idênticas" no sorteio da Taça das Nações Africanas de Futebol (CAN), realizado hoje em Malabo.
Em clara ascensão nos últimos anos, Cabo Verde vai defrontar no Grupo B a Zâmbia (campeã em 2012) e a Tunísia (vencedora em 2004), devendo, em princípio, não sentir tantos problemas com a República Democrática do Congo, a equipa com o "ranking" mais baixo entre os participantes.
No Grupo A, o Gabão terá como grandes rivais a anfitriã Guiné Equatorial e o vice-campeão Burkina Faso, enquanto o Congo será, em teoria, o rival mais acessível na competição, que decorrerá de 17 janeiro a 06 fevereiro.
Já o Grupo C, em teoria o mais forte, encontram-se o Gana (tetracampeão, a última vez em 1982), a Argélia (campeã em 1990), do portista Brahimi e do sportinguista Slimani, a África do Sul (ganhadora em 1996) e o Senegal (vice-campeão em 2002).
Finalmente, o Grupo D juntou a Costa do Marfim (campeã em 1992), o Mali (vice-campeão em 1972), os Camarões (tetracampeões, a última vez em 2002) e a Guiné Conacri.
No sorteio destacaram-se as ausências da Nigéria, campeã em título, mas que não se qualificou, e de Marrocos, excluído da competição, após recusar-se a organizá-la devido ao surto de Ébola que matou cerca de 6.000 pessoas na África Ocidental.
Em novembro, o chefe de estado da Guiné Equatorial, Teodoro OBiang, aceitou receber a competição, após Marrocos ter solicitado o adiamento da mesma por um ano, com receios da propagação do Ébola.
A Guiné Equatorial contratou uma empresa marroquina para construir três centros de isolamento, como medida de prevenção caso se registe algum caso de Ébola durante a competição, investindo mais de um milhão de euros na aquisição de material sanitário.
A competição vai decorrer em quatro cidades, nomeadamente Malabo, Bata, Mongomo e Ebebiyin.