O Benfica chegou à final da Taça dos Campeões Europeus de futebol de 1989/90 por via da mão de Vata, mas o AC Milan foi forte demais para os comandados de Sven-Goran Eriksson e venceu por 1-0.
No Estádio do Prater, em Viena, onde três anos antes o calcanhar de Rabah Madjer consagrara o FC Porto, de Artur Jorge, a formação “encarnada” fez o que pôde frente à que era, indiscutivelmente, a melhor equipa da Europa.
À qualidade defensiva conferida por jogadores como Tassoti, Baresi, Costacurta, Maldini ou o “trinco” Ancelotti, o AC Milan, de Arrigo Sacchi, juntava um trio de holandeses de enorme categoria - Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco van Basten.
Curiosamente, até foi Rijkaard, o mais defensivo, a resolver o jogo, com um golo aos 67 minutos, o tempo que o Benfica aguentou, liderado por uma grande dupla de centrais (Ricardo e Aldair) e contando com o trabalho incessante dos médios Hernâni e Thern.
Em desvantagem, Eriksson ainda apostou no avançado angolano Vata, que qualificara o Benfica com um golo com a mão ao Marselha (1-0 na Luz, após 1-2 em França), mas o milagre não aconteceu e o AC Milan revalidou o título.
Ainda assim, e perante tão poderoso adversário, o conjunto “encarnado” saiu de cabeça erguida, um ano depois de o Steaua Bucareste ter perdido por 4-0, selado por dois golos de Gullit e outros tantos de Van Basten, em Nou Camp.
Era a sexta derrota consecutiva em finais, e a segunda, 27 anos depois, face ao AC Milan (1-2, em 1962/63), após vitórias nas duas primeiras.
Ficha do jogo:
23 de maio de 1990.
Estádio do Prater, em Viena, Áustria.
AC Milan - Benfica, 1-0.
Marcador:
1-0, Frank Rijkaard, 67 minutos.
Equipas:
AC Milan: Giovanni Galli, Mauro Tassoti, Franco Baresi, Alessandro Costacurta, Paolo Maldini, Angelo Colombo (Filippo Galli, 89), Carlo Ancelotti (Daniele Massaro, 67), Frank Rijkaard, Alberigo Evani, Ruud Gullit e Marco van Basten.
(Suplentes: Andrea Pazzagli, Filippo Galli, Stefano Borgonovo, Daniele Massaro e Marco Simone).
Treinador: Arrigo Sacchi.
Benfica: Silvino Louro, José Carlos, Ricardo Gomes, Aldair Santos, Samuel Quina, Hernâni Neves, Jonas Thern, Valdo Cândido Filho, Vítor Paneira (Vata Garcia, 76), António Pacheco (César Brito, 59) e Mats Magnusson.
(Suplentes: Manuel Bento, Fernando Mendes, Diamantino Miranda, César Brito e Vata Garcia).
Treinador: Sven-Goran Eriksson.
Árbitro: Helmut Kohl (Alemanha).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Aldair Santos (40) e Ricardo Gomes (65).
Assistência: 57.558 espetadores.