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Barcelona-Real Madrid: A falta que faz José Mourinho

Este fim-de-semana temos um Barcelona-Real Madrid. Longe do mediatismo de outros tempos, o clássico do futebol espanhol já não desperta, fora de Espanha pelo menos, o mesmo interesse. As razões podem ser muitas, mas uma delas passa inequivocamente pela ausência de José Mourinho dos bancos merengues.

Barcelona-Real Madrid: A falta que faz José Mourinho

Quer se goste ou não, o treinador português traz, onde estiver, a atenção dos media. Nada melhor do que uma figura como Mourinho para valorizar uma marca. Ocorre-me começar este texto por uma pergunta. Quantos de vocês souberam, no início desta semana, que se iria jogar um Barcelona-Real Madrid no fim-de-semana?

Eu, pessoalmente, confesso que só descobri a existência do 'El Clasico' na última quarta-feira. Mas, afinal, porque me passou despercebido tamanho jogo? A minha conclusão é simples. Sem Mourinho (e Guardiola, é verdade), um Barcelona-Real Madrid perde (muito) interesse mediático.

Relembro que, em outros anos, falava-se com duas semanas de antecedência dos jogos entre Barcelona e Real Madrid. Não se pode dizer o mesmo hoje em dia. As razões são claras. O confronto entre 'culés' e 'merengues' era também um desafio entre os dois melhores treinadores da atualidade, Pep Guardiola e José Mourinho. Guardiola retirou-se e ficou Mourinho para continuar com o espectáculo. Afinal, 'the show must go on'.

Mourinho é sinónimo de qualidade e competitividade. O treinador português comunica como poucos e, cada vez que fala, as atenções centram-se nele, muito mais do que na própria equipa. Nada melhor do que ter Mourinho para impulsionar uma marca. Sem ele, o 'El Clasico' perdeu muito do interesse que despertava um pouco por todo o Mundo. Ancelotti e Gerardo 'Tata' Martino, independentemente da qualidade de ambos, não são 'apelativos' para os media.

Ou se ama ou se odeia Mourinho. Não há volta a dar, ninguém fica indiferente ao treinador português. Numa época em que os discursos são demasiado formatados, ter uma figura como Mourinho, numa organização, é sinal de novidade e espetáculo. São personalidades deste calibre que permitem potenciar uma marca. Veja-se o seguinte exemplo:

Em 2009/2010, o campeonato italiano vivia uma travessia no deserto. Não era apelativo, a competitividade era pouca e os espetadores eram vistos cada vez mais em menor número nos estádios. A passagem de José Mourinho pelo Inter de Milão fez com que, por si só, o mundo acordasse para o futebol italiano. Todos se lembram ainda das imagens de Mourinho a festejar, como um louco no relvado, a qualificação para a final da Liga dos Campeões num jogo entre o Inter e o Barcelona.

Uma Barcelona-Real Madrid será sempre, do ponto de vista futebolístico, um jogo a seguir com atenção. No entanto, no aspeto da comunicação e e da reputação, o jogo entre os dois gigantes espanhóis já foi bem mais atrativo. Quer se queira, quer não, o fator Mourinho faz a diferença.

Nota: Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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