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Mário Coluna: «É uma referência que fica para sempre», António Simões

O antigo futebolista do Benfica António Simões garantiu hoje que a morte de Mário Coluna, “uma figura carismática”, significa a perda de mais uma “grande referência” dos “encarnados” e do futebol luso.

Mário Coluna: «É uma referência que fica para sempre», António Simões

“É a perda de mais uma grande referência do futebol do Benfica. Nós sabemos que, tal como Eusébio, Mário Coluna será eterno. É uma referência que fica para sempre”, começou por dizer à Lusa o antigo colega de Coluna.

António Simões recordou Mário Coluna, que hoje morreu vítima de uma infeção pulmonar grave, como “uma figura carismática, ligada ao grande sucesso do Benfica”.

“É uma figura completamente inquestionável e depois um capitão de grande liderança, por isso lhe chamaram o `Monstro Sagrado´, pelo seu perfil, pela sua personalidade. Tinha um lado afetuoso. Era um homem que sabia dar proteção aos seus companheiros, sabia-se impor. Estava ali para proteger todos quantos jogavam com ele”, recordou.

Para um dos mais importantes internacionais portugueses da década de 1960, perdeu-se “seguramente uma das grandes figuras do Benfica e do futebol português”, que foi “absolutamente brilhante” no Mundial de 1966

“Lamento com toda a sinceridade que tudo isto tenha acontecido. Isto começa a ser complicado, doloroso, difícil de ver colegas partirem quando podiam viver, seguramente, muito mais tempo. Eu diria que não são jovens, mas seriam jovens para morrer. Jovens, não na idade, mas ainda poderiam estar entre nós muito mais tempo”, salientou.

Confessando que Mário Coluna foi para si “muito mais do que um companheiro”, António Simões reconheceu que o emblemático capitão benfiquista foi também “a referência de como se deve crescer, de como se deve fazer homem”.

“Eu sei que sou mais novo, eu sei que há uma certa diferença, mas obriga-me a refletir e a pensar o que quero da minha vida, porque esta gente vai desaparecendo. Vou perdendo amigos, gente que eu adorei, que eu estimei, que eu respeitei”, concluiu.

O antigo futebolista do Benfica Mário Coluna morreu hoje, em Maputo, vítima de uma infeção pulmonar grave.

Mário Coluna, antigo internacional português, nascido em Moçambique, tinha 78 anos e estava internado desde domingo no Instituto do Coração, na capital moçambicana.

O antigo capitão do Benfica e da seleção lusa já tinha estado internado naquela unidade em 2012, depois de ter sofrido um ataque cardíaco.

Nascido em Inhaca, Moçambique, a 06 de agosto de 1935, Coluna conquistou a Taça dos Campeões Europeus em 1961 e 1962 - com um golo em cada final -, foi campeão nacional 10 vezes e conquistou a Taça de Portugal em sete ocasiões ao serviço do Benfica, clube que representou entre 1954 e 1970, fazendo 525 jogos oficiais.

Com a camisola da seleção portuguesa, efetuou 57 jogos e marcou oito golos, envergando a braçadeira de capitão quando Portugal foi terceiro classificado no Mundial de 1966, em Inglaterra, que ainda hoje continua a ser a melhor classificação lusa em campeonatos do Mundo.

Em Moçambique, no início da carreira, alinhou pelo Desportivo de Lourenço Marques, tendo encerrado o percurso como jogador no Estrela de Portalegre (1971/72), depois de uma época no Olympique de Lyon, em França.

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