Comentário: Irão impõe nulo à Nigéria em jogo de fraco nível

Apontados como claramente favoritos, os campeões africanos desiludiram e não conseguiram marcar clara superioridade sobre um Irão muito bem organizado defensivamente, mas que pouco mais foi do que isso, porque raramente conseguiu estender o jogo até à área nigeriana em condições de ameaçar o golo.

Carlos Queiroz apostou num sistema 4x5x1, com uma concentração de unidades no “miolo” que anulou o jogo interior da Nigéria e o jogo acabou por ser, basicamente, desenrolado a meio-campo, com escassa fluidez e profundidade, que o tornou monótono e pouco interessante.

A Nigéria ainda criou, logo aos oito minutos, um lance de perigo, com Emenike a rematar rente ao poste, mas a melhor oportunidade de golo da partida até pertenceu ao Irão, aos 34 minutos, quando o ponta de lança Goochannejhad rematou de cabeça à entrada de pequena área, mas o guarda-redes Enyeama evitou o golo com uma boa estirada.

Na segunda parte, o cariz do jogo praticamente não mudou, com a Nigéria a assumir, como lhe competia, algum ascendente em termos de iniciativa, a ter mais posse de bola, mas a revelar a mesma incapacidade para criar desequilíbrios na defesa iraniana, que se manteve sempre coesa até ao fim.

Deu mesmo a sensação, a certa altura, de que o Irão poderia ir um pouco mais longe no resultado, caso tivesse arriscado mais, mas Carlos Queiroz só o fez, e mesmo assim com moderação, aos 78 minutos, com a entrada de um atacante, Jahanbakhsh, e a saída do médio ofensivo Dejagah.