A Espanha, ainda campeã do Mundo de futebol, amenizou hoje ligeiramente a vergonha pela precoce eliminação no Mundial2014, ao vencer a Austrália, por 3-0, fugindo ao último lugar do Grupo B.
Um golo em habilidade de David Villa (36), que hoje se despediu definitivamente da seleção, e dois de oportunidade de Fernando Torres (69) e Juan Mata (82) materializaram um triunfo “óbvio”, alcançado por uma equipa com muitas mexidas, já que Vicente del Bosque deu a oportunidade a todos os futebolistas de se estrearem na competição.
Prematuramente afastada da competição, a Espanha procurou limpar a honra e deixar o último lugar do grupo, assumindo desde cedo a obrigação de apresentar melhor futebol, mesmo protagonizado por uma equipa repleta de alterações ao “onze” habitual.
Iniesta e David Villa foram os grandes dinamizadores ofensivos da “Roja”, que rodou os futebolistas que o experiente selecionador ainda não tinha utilizado.
Apesar da supremacia dos Europeus, o desafio apenas animou aos 21 minutos, com o cruzamento de Iniesta a encontrar o “furioso” pé esquerdo de Villa, que estava em posição privilegiada, mas acertou mal na bola.
Dois minutos depois, num dos melhores lances do desafio, a iniciativa de Torres prosseguiu em Villa e terminou com disparo de Jordi Alba, que o guarda-redes defendeu.
O golo surgiu aos 36 minutos, com Iniesta a lançar Juanfran nas costas da defesa e este a cruzar rasteiro para o desvio certeiro de Villa com o calcanhar.
Em todo o jogo, a Austrália só assustou no lance de resposta, mas Reina, com tarde serena, aliviou.
O domínio espanhol continuou na etapa complementar e Iniesta repetiu a “maldade”: bola nas costas do defesa e Fernando Torres a surgir isolado sobre a esquerda e atirar junto ao corpo do guarda-redes para 2-0.
A Austrália nunca mostrou capacidade para reagir e foi com naturalidade que Juan Mata (82) ampliou para 3-0, dando o melhor seguimento a cruzamento de Fabregas, atirando entre as pernas de Ryan.
Até ao fim, a Espanha continuou a mostrar um aroma do futebol que andou arredado na humilhação 1-5 frente à Holanda e 0-2 com o Chile, com as segundas linhas a mostrar que o campeão da Europa e ainda campeão do Mundo ainda tem matéria-prima.
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