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Mundial-2014: ‘O fator Scolari’ e a boa prestação dos americanos

Aconteça o que acontecer, mesmo que nenhuma equipa americana erga o troféu de Campeã do Mundo, este Mundial-2014 ficará marcado pelo equilíbrio das equipas da América do Norte, Centro e Sul face às tradicionalmente favoritas formações da Europa. Já o Brasil de Luiz Felipe Scolari faz lembrar Portugal no Euro-2004.

Mundial-2014: ‘O fator Scolari’ e a boa prestação dos americanos

Sem surpreender, o Brasil está nos quartos-de-final e entrará novamente em campo como favorito no confronto com a Colômbia. Numa equipa que tem vivido mais de momentos do que de consistência e regularidade, Luiz Felipe Scolari continua a provar que se trata de um técnico de fases finais: um técnico de seleções e de ‘mata-mata’. Um técnico dos momentos em que não há técnica nem tática, daqueles momentos em que se pega no terço, se aponta para a fé e se rema, como diz a música 'Dois Barcos' dos brasileiros 'Los Hermanos'.

Na fase de grupos, a canarinha terminou no primeiro posto do agrupamento A, exatamente com os mesmos sete pontos do México que, à hora em que escrevo estas linhas, acabou de cair perante a Holanda (2-1), única formação europeia apurada para os quartos-de-final (a partir das 21 horas de Lisboa disputa-se o Costa Rica-Grécia).

A partida de ontem frente ao Chile foi mais um encontro ganho ‘à Scolari’, que olhou para os cinco penaltis dos pentacampeões com o terço na mão. Mais uma vez teimoso, ‘Felipão’ insistiu no ‘peso morto’ Fred, acabando por o substituir pelo também inconsequente Jô. Mesmo com o Brasil a marcar primeiro por David Luiz, o Chile nunca se encolheu e empatou por Alexis Sanchez.

Jorge Sampaoli mostrou sempre mais capacidade tática do que Scolari e mexeu bem, nunca apenas para refrescar. No final, este encontro e o percurso do Brasil no Mundial-2014 (seja ele qual for!) ficará marcado pela bola ao ferro de Maurício Pinilla e por um punhado de boas defesas de Júlio César. Mais uma vez, na lotaria dos penaltis, Scolari conseguiu seguir em frente, tal como fez com Portugal, em 2004. Seja outro o destino brasileiro, diferente da derrota perante a Grécia, na final, em pleno Estádio da Luz.

O 20.º Campeonato do Mundo tem ainda sido marcado por um equilíbrio de forças entre europeus e americanos, principalmente com as quedas estrondosas de Espanha, Itália, Inglaterra, Portugal e Rússia. Fatores como o calor terão sido determinantes para o insucesso destes gigantes, mas o crescimento tático de equipas tidas noutros tempos como caóticas ajudaram a colocar em sentido o Velho Continente.

Brasil e Colômbia estão nos quartos-de-final. O México caiu perante a Holanda nos últimos dez minutos e, mais logo, a Costa Rica procurará nova graça frente a uma Grécia idosa e batalhadora, mas desinteressante. Nos dias seguintes, Argentina e Estados Unidos ainda poderão aumentar o pecúlio americano nos quartos-de-final.

Se tudo correr dentro da ‘normalidade’, Brasil-Holanda e Alemanha-Argentina serão os compromissos das meias-finais: dois americanos e dois europeus. Até ao momento, nunca nenhuma equipa europeia venceu o Campeonato do Mundo em solo americano. Há uma tradição a defender ou a quebrar. Veremos o que prevalecerá.

Endereço Eletrónico: [email protected]

Programa da jornada

Sábado, 28 de Junho de 2014
Brasil - Chile, 3 - 2 g.p
Colômbia - Uruguai, 2 - 0

Domingo, 29 de Junho de 2014
Países Baixos - México, 2 - 1
Costa Rica - Grécia, 5 - 3 g.p

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014
França - Nigéria, 2 - 0
Alemanha - Argélia, 2 - 1 a.p

Terça-feira, 1 de Julho de 2014
Argentina - Suíça, 1 - 0 a.p
Bélgica - Estados Unidos, 2 - 1 a.p

Confira aqui tudo sobre a competição.

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