O selecionador da Arménia, o suíço Bernand Challandes, acusou hoje a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de "falta de classe" e prejudicar deliberadamente a preparação da sua equipa no Algarve, antes do encontro de qualificação para o Europeu 2016.
"Chegámos na quarta-feira e deram-nos um campo impraticável para treinar. Tentámos ir para outro campo, mas disseram-nos que não porque Portugal iria lá treinar. Mas, nesse dia, Portugal treinou no Estádio Algarve", começou por dizer o líder da formação de Leste.
Challandes, que falava após a derrota por 1-0 no Grupo I, continuou com as acusações à FPF e explicou que o motorista que transportou a equipa para o Estádio Algarve levou "40 minutos a fazer um trajeto de 10 e foi parar a um descampado".
"Como é que o motorista não sabia o caminho? Como? Perguntámos o caminho a um polícia e também não sabia. Como? Foi uma estratégia muito má de Portugal. Portugal tem classe no relvado e mas tem nenhuma classe fora do campo", concluiu.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, negou que tivesse existido qualquer “estratégia para criar dificuldades aos adversários”.
“Em termos analíticos, quem alterou a hora do treino foi a Arménia em cima da hora, o que nos obrigou a procurar um campo alternativo, porque a partir das 17:00 já é noite”, afirmou Gomes, em declarações à RTP.
Sobre as acusações sobre o atraso para chegar ao Estádio Algarve, Fernando Gomes disse que “foram os batedores que acompanharam a seleção, não tem nada a ver com a federação”, lembrando os problemas de trânsito em redor do recindo.
“[Essas declarações] Surpreendem, porque tive o cuidado hoje de falar, durante o almoço que tivemos com os responsáveis da federação e antes do jogo, no qual dei as explicações sobre o que aconteceu, que foram bem acolhidas”, recordou.