Comentário: Paços de Ferreira regressa às vitórias e 'afunda' Arouca

O justo triunfo dos pacenses foi confirmado na segunda parte e teve como denominador comum Urreta, um dos melhores em campo: o internacional uruguaio fez o passe que resultou na grande penalidade que o próprio converteu aos 60 minutos e assistiu Cícero, aos 90+1, depois do tento do Arouca, de Pintassilgo, aos 42.

Com este resultado, que pôs fim a uma série de três jogos consecutivos sem vencer, o Paços de Ferreira igualou provisoriamente o Sporting de Braga, quinto classificado, com 23 pontos, que ainda hoje vai jogar no reduto do Belenenses, enquanto o Arouca manteve nove, mas caiu para a zona de despromoção.

As duas equipas saíram derrotadas na última jornada e os respetivos "onzes" apresentaram várias alterações: no Paços, Hélder Lopes, Ricardo Ferreira e Vasco Rocha substituíram Nélson Pedroso, Rafael Amorin e Sérgio Oliveira (castigado), enquanto no Arouca Miguel Oliveira e Bruno Amaro renderam Diego Galo e Roberto.

Os forasteiros mereceram o castigo da derrota, a segunda em outros tantos confrontos entre as duas equipas na Capital do Móvel para o campeonato.

O Arouca adiantou-se no marcador sem ter feito muito por isso, num remate de Pintassilgo, aparentemente precedido de uma obstrução de um jogador do Arouca sobre Hurtado, sobre o final da primeira parte, regressou do intervalo em vantagem numérica, após expulsão de Minhoca, mas encurtou ainda mais as linhas.

A defesa exageradamente evidente do resultado foi um convite aos pacenses, que "caíram" em cima do Arouca, beneficiando da maior mobilidade dos avançados, com uma pressão mais alta, o adiantamento dos laterais e o recuo estratégico de Urreta.

O Paços, depois de uma primeira parte desinteressante - teve o domínio, mas nunca conseguiu soltar-se da estratégia do Arouca de pressionar na saída de bola e recuar linhas após a saída da zona da construção, procurando explorar as costas da defesa e as faixas laterais -, reentrou muito forte.

A formação de Paulo Fonseca criou três boas situações para marcar (46, 47 e 57) e adivinhava-se o golo, que surgiria após uma carga evidente na área do Arouca de Miguel Oliveira, que seria expulso, sobre Bruno Moreira, que Urreta, da marca de grande penalidade, converteu.

A partir daqui, com as equipas equilibradas numericamente, o Arouca pareceu despertar para o jogo, impulsionado por Balliu, um lateral muito ofensivo e de qualidade, e chegou a colocar em sentido o Paços, mas o querer dos locais e o apoio dos adeptos ajudaram a empurrar a equipa para a merecida vitória.

Já nos descontos, Urreta arrancou em velocidade da entrada do meio-campo adversário e soltou à entrada da área em Cícero, com o guineense a rematar forte e colocado, sem possibilidades de defesa para Goicoechea, guarda-redes de um Arouca que acabou reduzido a nove elementos, por exagerada amostragem do segundo amarelo a Bruno Amaro, aos 83.