Taça de Portugal: Rio Ave – Gil Vicente (declarações)

Pedro Martins (treinador do Rio Ave): "Este jogo teve características muito próprias e difíceis de contornar e reagir. Entrámos muito bem no jogo, fizemos um golo e podíamos ter feito mais, tivemos uma primeira parte de qualidade.

Na segunda parte, apesar da contrariedade de ficarmos sem mais um central por lesão [André Vilas Boas, depois de Roderick], fizemos segundo golo, mas a partir daí a equipa desestruturou-se e o Gil Vicente reagiu, conseguindo, com mérito, empatar.

Perante essa contrariedade reagimos e mostrámos um grande carácter. Depois de estarmos ameaçados, a equipa deu um salto qualitativo anímico, e acabámos por vencer com mérito.

Apesar de termos tremido um pouco, mostrámos que somos uma grande equipa.

Este é o segundo ano [consecutivo] em que clube vai às meias-finais da Taça de Portugal, estamos crescer de forma sustentada, e as coisas não acontecem por acaso. Temos um projeto bem definido e esperamos, a sorrir, pelo próximo adversário".

José Mota (treinador Gil Vicente): "Há momentos em que não consigo perceber o que se passa com esta equipa. O Rio Ave foi dominador, jogou com espaço e tranquilidade, conseguiu um golo com facilidade porque entrámos apáticos.

No segundo tempo melhorámos, tentámos ser mais donos do meio campo e consistentes e, apesar de oferecermos uma grande penalidade, tivemos uma reação boa e chegámos ao empate com mérito.

Depois não percebo o que aconteceu, a equipa desestabilizou-se, não teve atitude mental e o Rio Ave voltou a jogar com espaço e, com pouca oposição, conseguiu os golos da vantagem.

Esta equipa tem de ter outros comportamentos e equilíbrio mental. Não pode cometer tantos erros individuais. Precisamos de reforços que tragam mais qualidade e quantidade".