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O Ministério Público egípcio ordenou hoje a libertação de 18 pessoas suspeitas de terem participado nos incidentes no jogo de futebol entre o Enppi e o Zamalek, num estádio do Cairo, que provocaram 19 mortos.
De acordo com a agência de notícias estatal Mena, as pessoas libertadas pertencem aos ‘cavaleiros brancos’, como são conhecidos os adeptos ‘ultra’ do Zamalek, e foram colocados em liberdade após o pagamento de uma fiança de 200 libras egípcias (cerca de 23 euros).
A Procuradoria do Este do Cairo tinha ordenado na terça-feira a detenção formal de 21 pessoas, que tinham sido presas preventivamente no domingo, dia dos confrontos.
A justiça egípcia libertou também uma médica e um inspetor de saúde, mas continua a investigar outros três ‘ultras’ ainda detidos.
Estes três indivíduos estão acusados de interromper o trânsito, agredir polícias, destruir propriedade pública e privadas, causar distúrbios e incitar à violência, nos incidentes que se verificaram antes da partida entre o Ennpi e o Zamalek, que vai ser treinado pelo português Jesualdo Ferreira.
Estes confrontos levaram o Governo a determinar a suspensão do campeonato egípcio da primeira divisão por tempo indeterminado.
O porta-voz do ministro do Interior do Egito, citado pela AFP, explicou na terça-feira que as pessoas foram mortas por esmagamento, quando milhares de adeptos procuravam forçar a entrada no estádio, e que nenhuma das vítimas resultou da ação direta das forças policiais.
Em dezembro, as autoridades egípcias decidiram autorizar o regresso, em número limitado, de espetadores a alguns jogos do campeonato da primeira divisão de futebol, depois das limitações impostas na sequência da tragédia verificada há três anos.
Em fevereiro de 2012, em Port-Saïd, num jogo entre o clube local Al-Masry e o Al-Ahly, adeptos do Al-Masry atacaram apoiantes da equipa adversária, treinada então por Manuel José, provocando violentos confrontos que fizeram 74 mortos e centenas de feridos.
