Benfica-FC Porto: Equilíbrio pauta última década, 'águia' manda a triplicar

Em 81 encontros em Lisboa, a equipa da casa venceu 42, correspondentes a 51,8 por cento, enquanto os portistas só ganharam 14 (17,3), registando-se ainda 25 igualdades, a última das quais na passada temporada.

A 26 de abril de 2015, a formação então comandada por Jorge Jesus recebeu os ‘dragões’, de Julen Lopetegui, com três pontos à maior e, no final, ganhou mais ‘meio’ ponto, ao empatar a zero - tinha triunfado no Porto por 2-0.

Foi o segundo encontro consecutivo que o Benfica acabou sem golos sofridos - algo inédito em duas décadas, desde 1992/93 (0-0) e 1993/94 (2-0) -, depois de na época anterior ter triunfado por 2-0, num jogo de homenagem a Eusébio.

No primeiro jogo após a morte do ‘Pantera Negra’, a 05 de janeiro de 2014, os jogadores ‘encarnados’ alinharam com o nome de Eusébio nas costas e alcançaram o ‘obrigatório’ triunfo com tentos de Rodrigo e Garay.

Desde o triunfo do Benfica, de Graeme Souness, sobre o FC Porto, de António Oliveira, já campeão, por 3-0, em 1997/98, esta foi a primeira vitória, de qualquer das equipas, por mais de um golo de diferença.

Além do sucesso em nome de Eusébio, o Benfica somou dois triunfos por 1-0 na última década, selados pelo francês Laurent Robert, com a colaboração de Vítor Baía, em 2005/06, e o argentino Saviola, numa noite de chuva, em 2009/10.

Por seu lado, o FC Porto venceu por 1-0 em 2007/08, com um golo de Ricardo Quaresma, por 2-1 em 2010/11, sagrando-se campeão em plena Luz, às escuras, com tentos de Roberto, na própria baliza, e Hulk, de penálti, e ainda por 3-2 em 2011/12, com Maicon a selar o triunfo em fora de jogo.

Nos outros jogos da última década, registaram-se empates a um tento em 2006/07 e 2008/09 e a dois em 2012/13, com quatro tentos nos primeiros 17 minutos: Matic e Gaitán para os da casa e Mangala e Jackson Martínez para os forasteiros.

Os derradeiros encontros na Luz foram pautados pelo equilíbrio, mas o balanço global continua muito favorável aos anfitriões, que têm o triplo dos triunfos (42 contra 14) e mais do dobro dos golos marcados (164 contra 81).

A história dos encontros para o campeonato na casa do Benfica começou há muito, no longínquo dia 24 de março de 1935: no Campo das Amoreiras, em Lisboa, os anfitriões venceram por 3-0, com tentos de Gaspar, Rogério e Vítor Silva.

Os ‘encarnados’ viriam a triunfar em 13 dos primeiros 14 jogos – a exceção é o 2-3 de 1939/40 - e não mais largaram a liderança no histórico, sendo que o FC Porto só por duas vezes conseguiu vitórias consecutivos, primeiro em 1974/75 (1-0) e 75/76 (3-2) e, depois, em 2010/2011 e 2011/2012.

A formação portista também só alcançou uma vitória por mais de um golo de diferença, quando venceu por 2-0 na “longínqua” temporada de 1950/51.

Por seu lado, o Benfica apresenta uma série de goleadas, a maior das quais nos primórdios, em 1942/43: 10 tentos separaram as duas equipas (12-2), com o ‘póquer’ (quatro golos) de Julinho em destaque.

A formação lisboeta conseguiu outros resultados expressivos, destacando-se os 7-2 de 1944/45, os 6-0 de 36/37, os 5-1 de 35/36 e 41/42 e ainda os 4-0 de 45/46, 46/47 e 64/65.

Individualmente, o ‘maior’ é José Águas, que ‘bisou’ em cinco ocasiões e totalizou 14 golos, contra 10 do ‘rei’ Eusébio da Silva Ferreira.