Boavista espera «dar alegria aos adeptos» frente à Académica, Erwin Sanchez

O Boavista, 16.º classificado, está em alta nesta segunda volta, com três vitórias, um empate e dez pontos conquistados (tantos quantos na primeira volta), ao passo que a Académica, 17.º, não vence desde a 17.ª ronda, quando bateu em casa o Tondela, por 2-1.

As duas equipas batem-se pela manutenção e nesta corrida é o Boavista que vai dois pontos à frente (20 contra 18), podendo haver aqui uma pressão extra sobre as duas equipas.

"Todos os jogos têm pressão, mas sem dúvida que nós queremos sair desta situação o mais rápido possível e isso consegue-se com trabalho e humildade, entendendo que, pela frente, vamos ter uma equipa que precisa também dos pontos e que tem uma pressão maior do que nós pela situação em que se encontra", analisou Erwin Sanchez na conferência de imprensa de antevisão ao jogo.

O técnico boavisteiro quer que a sua equipa se mantenha fiel ao pensamento adotado nos últimos jogos e que continue a pensar que "isto ainda não acabou".

"Temos muito campeonato pela frente e temos de continuar a pensar que só todos unidos podemos continuar na senda das vitórias", referiu também.

O Boavista jogou duas vezes com a Académica esta época e ganhou 2-0 fora, para o campeonato, e 1-0 em casa, para a Taça de Portugal.

A segunda partida foi com Sanchez já no comando técnico do Boavista, mas o treinador disse que "são jogos diferentes, até pela situação das duas equipas neste momento".

"Mas sem dúvida que conhecemos melhor os jogadores e a postura que eles têm quando jogam fora. Têm feito bons jogos. O último que fizeram fora, contra o Sporting [derrota por 3-2] foi bom e nós temos que estar atentos a todos os detalhes que eles possam pôr em campo", acrescentou.

Questionado sobre se o Boavista tem a obrigação de vencer este jogo, Sanchez respondeu assim: "Se eu dissesse que não estaria erado da minha parte. Trabalhamos para ganhar. Obviamente, nem sempre as coisas acontecem como a gente quer."

"Não é que seja uma obrigação. A nossa obrigação é trabalhar desde o primeiro até ao último minuto da mesma maneira e o resto acho que se consegue fazendo um bom trabalho e é o que vamos tentar fazer", completou. “Uma vez mais, esperamos dar uma alegria aos nossos adeptos, que têm sido um grande apoio para nós", salientou.

O treinador boavisteiro disse que o ponto forte da Académica são os "extremos muito rápidos e com boa técnica.

"Ivanildo joga muito bem, tem um pé esquerdo maravilhoso. Estamos conscientes de que se trabalharmos como nos últimos jogos vamos poder contrariar aquilo que a Académica possa apresentar aqui", considerou.

O Boavista treinou esta semana em Leça da Palmeira (Matosinhos), Paredes e Marco de Canaveses, para poupar o seu único relvado natural, o do Estádio do Bessa, e por não haver outros em boas condições no Porto e nos concelhos limítrofes, devido à chuva.

Sem jogadores castigados, o conjunto portuense não pode contar com Tengarrinha e Anderson Correia, lesionados, nem com o central Henrique, que já recuperou de uma lesão, mas ainda não está a cem por cento.

O Boavista, 16.º, com 20 pontos, recebe domingo a Académica, 17.ª, com 18, num encontro da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol marcado para as 17:00, com arbitragem de Luís Godinho, da Associação de Futebol de Évora.