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José Veiga admite processar Estado português - advogado

José Veiga tenciona pedir uma indemnização ao Estado caso se confirme que as declarações de João Pinto à PJ ilibam o ex-empresário de futebol de ter ficado com dinheiro da transferência do futebolista para o Sporting em 2000.

João Correia, advogado de José Veiga, adiantou hoje à agência Lusa que, ''caso se confirmem as declarações de João Pinto à PJ'', o antigo director-geral da SAD do Benfica ''poderá pedir uma indemnização ao Estado português para que seja ressarcido dos danos que sofreu na sua honra, prestigio e património''.

Segundo a imprensa de hoje, João Pinto declarou à PJ que teve conhecimento das transacções financeiras e ter sido ele a ficar com 3,292 milhões de euros relativos à sua contratação pelo Sporting em 2000, tendo sido constituído arguido por falsas declarações e fraude fiscal.

O advogado de José Veiga mostrou-se prudente em relação ao teor das declarações prestadas quarta-feira pelo jogador à PJ, em Coimbra, até ter uma cópia integral do depoimento.

''O que interessa é o que está escrito no processo e disso eu ainda não tenho conhecimento. Nos próximos dias vou pedir uma certidão para ter acesso a tudo o que foi dito pelo jogador e só depois decidirei o que fazer'', adiantou.

Caso se confirme o que o jogador assumiu à PJ - ter ficado com o dinheiro da sua transferência do Benfica para o Sporting -, o advogado vai pedir a ''revogação da qualidade de arguido'' de José Veiga e ''a destruição das medidas de coacção'' que lhe foram impostas por suspeita de burla qualificada e abuso de confiança.

Em Novembro último, Veiga foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal, saindo então como arguido e sujeito a uma caução de 500.000 euros, apreensão de passaporte e com termo de identidade e residência.

Em 2005, o antigo jogador do Benfica disse, na qualidade de testemunha, desconhecer o destino de 3,2 milhões de euros, que segundo o Sporting teriam sido transferidos para uma empresa para pagamento de direitos desportivos.

Em causa está o desaparecimento de 3,292 milhões de euros, que o Sporting diz ter remetido à empresa de direito inglesa Goodstone, a mando de José Veiga, que após ser ouvido no TIC acusou alguns dirigentes ''leoninos'' de mentirem.

Já em Dezembro, o Sporting confirmou ter feito um aditamento ao contrato de João Pinto, a título de prémio de assinatura, mas que este ficou sem efeito com a entrada da Goodstone e que seria esta a emitir a factura do negócio.

O Sporting explicou que, face a esta situação, não registou o aditamento do contrato e o advogado dos ''leões'' Rui Patrício questionou o porquê de só agora se invocarem documentos que já se conheciam e não correspondiam ao negócio que terá vigorado e foi executado.

LUSA

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