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Benfica: Presidente, «in extremis», e capitães na missa por Fehér

O presidente do Benfica, que participou hoje num programa televisivo dedicado ao 65º aniversário da glória ''encarnada'' Eusébio, só chegou em passo acelerado ao final da missa dos três anos sobre a morte do futebolista húngaro Miklos Fehér.

Na Igreja da Luz, em Lisboa, Luís Filipe Vieira escusou prestar declarações, assim como os ''capitães'' da equipa de futebol, Simão e Nuno Gomes, acompanhados pelo presidente da mesa da Assembleia- Geral, Manuel Vilarinho, entre outros dirigentes, além de várias dezenas de pessoas que quiseram homenagear ''Miki''.

Numa cerimónia que contou com cânticos do orfeão do Benfica, estiveram ainda presentes o fisioterapeuta das ''águias'', Rodolfo Moura, e o novo funcionário da SAD, Paulo Gonçalves, no seu primeiro acto público desde que assumiu as funções na Luz, após vários anos ao serviço do Boavista.

Antes da missa, Manuel Vilarinho depositou uma coroa de flores junto do busto de Fehér, instalado no átrio da porta 18 do Estádio da Luz um ano após a morte em campo do atleta magiar.

A 25 de Janeiro de 2004, Fehér caiu inanimado no relvado do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, nos instantes finais do jogo entre o Vitória local e os ''encarnados'', da 19ª jornada da Superliga 2003/04, que a equipa lisboeta venceu por 1-0.

Aos 24 anos, o jogador foi declarado morto às 23:10 do mesmo dia, no Hospital Senhora da Oliveira, vítima de paragem cardio- respiratória, após várias tentativas infrutíferas de reanimação.

Depois de realizada a autópsia, os restos mortais de ''Miki'' foram transportados para Lisboa, ficando em câmara ardente no átrio principal do recinto lisboeta durante cerca de 24 horas, antes de serem trasladados para a Hungria, onde o jogador foi sepultado a 28 de Janeiro, em Gyor.

Milhares de pessoas, entre delegações de clubes, de organismos do futebol português e de responsáveis governamentais, protagonizaram uma verdadeira ''romaria'' à Luz, aguardando à chuva, numa interminável fila silenciosa, a oportunidade de homenagear o futebolista húngaro.

O Benfica retirou a camisola 29, utilizada por Fehér durante a passagem pelo clube ''encarnado'', dedicando-lhe a vitória na Taça de Portugal de 2004/2005, sobre o FC Porto (2-1, após prolongamento), e até a Assembleia da República aprovou um voto de pesar, apresentado em conjunto por todos os grupos parlamentares.

A autópsia inicial revelou-se inconclusiva, mas o processo- crime aberto pouco depois foi arquivado três meses mais tarde pelo Ministério Público da comarca de Guimarães, considerando-se que a morte se deveu a causas naturais, na sequência de exames complementares.

Nascido a 20 de Julho de 1979, na localidade húngara de Tatabánya, Féher chegou ao futebol português aos 19 anos, para representar o FC Porto, clube que deixaria de forma litigiosa quatro anos mais tarde para ingressar no Benfica, após representar Salgueiros e Sporting de Braga, emprestado pelos portuenses.

Internacional pela Hungria em 18 ocasiões (marcou três golos), Fehér cumpriu 80 jogos no campeonato português, no qual se estreou a 22 de Agosto de 1998, numa goleada imposta pelo FC Porto ao Rio Ave (4- 0), tendo apontado um total de 27 golos.

Menos de três meses depois da tragédia de Guimarães, outro futebolista do Benfica morreu em circunstâncias idênticas: a 15 de Maio, o internacional júnior Bruno Baião faleceu, após quatro dias em coma, depois de duas paragens cardio-respiratórias, minutos depois de treinar.

LUSA

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