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Crónica: Chile volta a bater Argentina na 'lotaria' e vence Copa América

O Chile venceu domingo a Copa América do Centenário em futebol, ao voltar a vencer, um ano depois, a Argentina no desempate por grandes penalidades, depois de 120 minutos sem golos.

Crónica: Chile volta a bater Argentina na 'lotaria' e vence Copa América

Após o triunfo de há um ano por 4-1, os chilenos venceram agora por 4-2, num desempate em que Lionel Messi foi um dos argentinos a falhar, reforçando a ‘maldição’ ao serviço da seleção argentina, com a quarta final perdida.

Como há um ano, o Chile não deixou jogar a Argentina, dominando a posse de bola, embora quase sempre no seu meio campo, o que redundou num jogo quase sem oportunidades, tendo Gonzalo Higuaín perdido a melhor, aos 23 minutos.

Os chilenos ainda ficaram em inferioridade numérica aos 28 minutos, quando Marcelo Días viu o segundo amarelo, após duas falta sobre Messi, mas, aos 43, o árbitro brasileiro Heber Lopes equilibrou as contas, ao mostrar o vermelho direto a Rojo, após uma falta que, no máximo, justificava amarelo.

No ’10 contra 10, os comandados de Pizzi ficaram ainda mais cómodos e conseguiram o que pareciam há muito pretender: levar o encontro para as grandes penalidades.

Arturo Vidal falhou logo a primeira, com Romero a defender, mas, na seguinte, Messi atirou por cima e, ao oitavo pontapé, com 3-2 para o Chile, Bravo defendeu o remate de Biglia, para Francisco Silva selar, depois, o 4-2 final.

O Chile revalidou, assim, o título, enquanto a Argentina, que poderia ter igualado os 15 cetros do Uruguai, manteve-se em ‘branco’ desde 1993, perdendo a quarta final consecutiva na prova (2004, 2007, 2015 e 2016), mais uma do Mundial (2014).

Em relação às meias-finais, a Argentina apresentou duas novidades, com o regressado Ángel Di Maria (ausente desde o jogo com o Panamá) e Lucas Biglia nos lugares dos lesionados Augusto Fernández e Ezequiel Lavezzi.

Por seu lado, o Chile também entrou com duas mudanças, os regressos, após castigo, de Marcelo Díaz e Artur Vidal, em substituição de Francisco Silva e Pablo Hernández.

O encontro começou, praticamente, com um remate perigoso de Banega, logo aos 15 segundos, mas o equilíbrio dominou toda a primeira parte, embora só com os argentinos a atirarem à baliza contrária (8-0 até ao intervalo).

Messi, de livre direto, atirou à figura (17 minutos), Di Maria, de pé direito, por cima (19) e Higuaín, depois de uma perda de bola de Medel, ficou isolado, correu para a baliza e falhou o ‘chapéu’ a Bravo, perdendo enorme ocasião (23).

Aos 24 minutos, Otamendi desviou de cabeça, para as malhas laterais, depois de um livre de Messi, que, aos 28, sofreu uma segunda falta de Marcelo Díaz: o chileno somou outros tantos amarelos e deixou o Chile reduzido a 10 unidades.

Com 10, os chilenos passaram, ainda mais, a tentar não deixar a Argentina jogar, com posse de bola, sobretudo no seu meio campo, e grande agressividade, com grande pressão sobre o árbitro, que, aos 43, mostrou um mais que forçado vermelho direto a Rojo, após ‘teatro’ de Vidal.

No ’10 contra 10’, o Chile assumiu o comando do jogo, mas só criou a primeira oportunidade aos 80 minutos, com Vargas, servido por Alexis, a atirar, já sem grande ângulo, para a defesa difícil com os pés de Romero.

A Argentina, que só rematara por Higuaín, por cima, aos 55 minutos, respondeu aos 84, com Messi a isolar Agüero e este, para não variar, a rematar também por cima.

Nos descontos, as duas equipas ainda ameaçaram com Beausejour a trabalhar bem na esquerda e a meter no meio em Alexis, com antecipação de Funes Mori, e contra-ataque da Argentina, com Messi a conduzir e a rematar por alto.

A primeira parte ficou marcada por duas grandes ocasiões, uma para cada equipa: Vargas, em excelente posição, cabeceou para as mãos de Romero, após centro de Puch, aos 99 minutos, e, aos 100, Agüero proporcionou ‘enorme’ defesa a Bravo, também com um cabeceamento, após livre de Messi.

Na segunda, a Argentina assustou num livre direto de Messi, mas a bola bateu na barreira e saiu por cima, aos 115 minutos.

Como em 2015, tudo se revolveu nos penáltis, com o Chile a voltar a levar a melhor e a festejar, para ‘desespero’ dos argentinos, especialmente de Lionel Messi, que não escondeu as lágrimas: em três anos, perdeu duas finais da Copa América nos penáltis e uma final do Mundial no prolongamento.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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