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Que Fernando Santos e os 23 magníficos sirvam de exemplo!

Quando toda a nação ia deitando as mãos à cabeça com os empates frente a Islândia (1-1) e Áustria (0-0), Fernando Santos 'deu o peito às balas' e garantiu que só regressaria a Portugal a 11 de julho, no dia após a final do Euro-2016. Chamaram-lhe de tudo mas o engenheiro, católico, mostrou que a crença pode mover montanhas.

Que Fernando Santos e os 23 magníficos sirvam de exemplo!

Quem diria que, depois de termos somado apenas três pontos em nove possíveis na fase de grupos, poderíamos chegar à final de Paris?

Arrisco-me a dizer que quase a totalidade dos portugueses não acreditariam na possibilidade de Portugal conquistar o caneco após um início tão pobre. Mas, pelo menos 24 portugueses acreditaram sempre. Ou disfarçaram muito bem. Os restantes 11 milhões foram apoiando, sempre desconfiados, mas com um entusiasmo crescente.

Este foi o Europeu da crença, mas também da sorte. Valeu-nos a possibilidade inédita de se apurarem também os melhores terceiros classificados, valeu-nos Rui Patrício, valeu-nos apanhar o grupo de adversários teoricamente mais acessíveis na fase a eliminar, valeu-nos a bola no poste de Gignac...

Mas também nos valeu a organização tática, a capacidade de responder a três golos de uma Hungria ultra-eficaz. Valeu-nos o contra-ataque rápido de Quaresma e companhia frente à Croácia, o sacrifício de Cristiano Ronaldo, a imponência de Pepe e a irreverência de Renato Sanches. Valeu-nos a coragem e a inteligência de Fernando Santos.

Fomos alvo de chacota alheia. Uns compararam Ronaldo a Andy Carroll, outros garantiram que seríamos massacrados pela 'super França' que eliminou a Alemanha, campeã do mundo em título. Fernando Santos e os 23 magníficos permaneceram incólumes e hirtos, eliminando a Croácia que ganhou à Espanha, a Polónia que empatou com a Alemanha e o País de Gales que se sobrepôs à Bélgica.

Ontem, já quase uma nação inteira acreditava que era possível.

Encheram-se as praças das maiores cidades e os tascos das aldeias mais recônditas. A mãe deixou de ver o 'Masterchef Júnior', a avó deitou-se um pouco mais tarde. A tia que detesta futebol quase teve um ataque de pânico quando o poste nos salvou do remate de Gignac, aos 90'. O país veio abaixo quando Éder marcou e, subitamente, já todos tinham dito, em algum momento, que o avançado do Lille, afinal, até joga qualquer coisa.

Mas o mérito vai todo para Fernando Santos e os seus 23 magníficos. Contra tudo e contra todos fizeram peito e mostraram que este rectângulo à beira-mar plantado pode ser melhor do que França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália... Durante cerca de um mês não nos vergamos perante à Europa. A Europa inteira é que se vergou aos nossos pés.

Que o Engenheiro Fernando Santos e os seus 23 magníficos sirvam de exemplo a uma nação que, creio eu, tem um futuro ainda mais glorioso do que o seu passado. Que a crença deste grupo de profissionais extraordinários sirva para mostrar que somos pequenos em tamanho, mas gigantes em vontade!

Programa da jornada

Domingo, 10 de Julho de 2016
Portugal - França, 1 - 0 a.p

Confira aqui tudo sobre a competição.

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