Crónica: Mitroglou regressa e tricampeão Benfica bate Braga e já lidera

Depois de dois sem pontas de lança, o internacional helénico pôde jogar e os ‘encarnados’ tiveram outro poder de ‘fogo’, com o ‘11’ a ‘bisar’, com tentos aos 27 e 78 minutos, e a participar no terceiro golo, marcado por Pizzi, aos 74, que também teve intervenção nos outros dois.

A formação comandada por Rui Vitória somou o primeiro triunfo caseiro da época, depois de empates a um com Vitória de Setúbal e Besiktas, e já está sozinha na frente, um ponto à frente do Sporting e três de FC Porto, Braga e Rio Ave.

Além de Mitroglou, cujo primeiro golo do encontro foi o 100.º da I Liga 2016/2017, e Pizzi, destaque na equipa ‘encarnada’ para o veterano guarda-redes Júlio César, que evitou várias vezes o tento dos bracarenses.

O brasileiro apenas foi batido aos 90 minutos, pelo sérvio Rosic, que cabeceou fora do seu alcance, após canto marcado por Wilson Eduardo, em mais um golo de bola parada sofrido pelos ‘encarnados’, este sem consequências.

Em relação aos jogos europeus, Rui Vitória trocou Ederson e Cervi por Júlio César e Mitroglou no ‘onze’ do Benfica, enquanto, no Sporting de Braga, entraram Marafona, Vukcevic e Ricardo Horta para os lugares de Matheus, Bakic e Pedro Tiba.

Os ‘encarnados’, hoje tanto na camisola como nos calções, demoraram menos de um minuto a criar perigo, com um remate do regressado Mitroglou que saiu a rasar o poste esquerdo.

Num início frenético, a grande velocidade, a resposta dos ‘arsenalistas’, todos de branco, foi imediata, com Hassan a isolar-se e a atirar ao lado, aos três minutos, e Pedro Santos, também só, a ser contrariado por Júlio César, aos cinco.

Do outro lado, o Benfica não se ficou e, depois de um remate de Gonçalo Guedes sem grande convicção, aos oito minutos, Grimaldo tabelou com o internacional luso e serviu Salvio, que rematou para vistosa defesa de Marafona, aos 11.

Entre interrupções, provocadas por duas assistências prolongadas ao guarda-redes forasteiro, a equipa da casa, agora por cima, continuou a insistir, com Grimaldo a ‘acertar’ em Marafona (19 minutos) e Gonçalo Guedes a falhar o alvo (21).

O golo do Benfica apareceu aos 27 minutos, com Pizzi a isolar Gonçalo Guedes com um toque de calcanhar e o avançado a correr sobre a esquerda e a colocar atrasado na área, onde apareceu Mitroglou a rematar certeiro.

Os dois remates seguintes voltaram a ser dos anfitriões, por Fejsa e André Horta, mas, do outro lado, foi o seu irmão, Ricardo Horta que podia ter marcado, aos 36 minutos, isolado por Pedro Santos, mas Júlio Cesár voltou a levar a melhor.

Até ao intervalo, o protagonista voltou a ser o guarda-redes dos ‘encarnados’, cum um grande defesa, por cima da barra, em resposta a um cabeceamento de Rosic, aos 45+1 minutos, depois de um canto na esquerda de Wilson Eduardo.

Depois de uma primeira parte a alta velocidade, a segunda começou mais calma, com o Benfica a ‘oferecer’ o comando do jogo ao Sporting de Braga, mas a ser o primeiro a ameaçar, num livre de Gonçalo Guedes detido com felicidade por Marafona.

O Sporting de Braga assustou num contra-ataque conduzido por Baiano, que Nelson Semedo neutralizou, com Wilson Eduardo preparado para marcar, e ainda efetuou mais dois remates, ambos muito ao lado, do mesmo Baiano e de Ricardo Horta.

Com o impasse, a ‘dança’ das substituições começou com as entradas de Carrillo e Douglas Coutinho, e foi o Benfica que saiu por cima, com Gonçalo Guedes, de imediato, a rondar duas vezes o segundo tento, aos 69 e 70 minutos.

O primeiro jogador lançado por José Peseiro acabou por ficar ligado ao segundo golo dos tricampeões, já que fez um corte defeituoso a tentar intercetar um passe de Mitroglou e isolou Pizzi, que, aos 74 minutos, marcou de pé esquerdo.

Apenas quatro minutos depois, chegou o terceiro, de novo construído por Pizzi e Mitroglou: Nelson Semedo centrou da direita, o médio luso dominou ao segundo poste e centrou de pé esquerdo para o desvio de cabeça do grego, que ‘bisou’.

O avançado helénico acabou por sair para ovação, aos 82 minutos, entrando o ‘miúdo’ José Gomes, que quase marcou o quarto, aos 84 minutos, valendo Marafona.

Em ‘cima’ dos 90 minutos, o Sporting de Braga ainda conseguiu reduzir, pelo central sérvio Rosic, na sequência de um canto de Wilson Eduardo, mas já era tarde demais.